ISRAEL NA GRANDE TRIBULAÇÃO - INTRODUÇÃO
O SERMÃO DO MONTE DAS OLIVEIRAS
INTRODUÇÃO:
Depois de estudarmos o propósito da Tribulação em relação aos gentios (nações), chegamos agora no ponto principal dela. O principal propósito da Grande Tribulação, ''um dos propósitos divinos por alcançar na tribulação é o preparo da nação de Israel para ser instituído no retorno do Messias em cumprimento ás alianças de Israel.
E para inciarmos essa temática iremos propor o estudo do Sermão do Monte das Oliveiras que está registrados nos livros de Mateus 24,25, Marcos 13 e Lucas 21. Como nossa visão é dispensacionalista, usaremos como material de pesquisa expositores dispensacionalistas para interpretamos os eventos ali preditos pelo nosso Senhor Jesus Cristo.
I - UMA CRONOLOGIA DETALHADA NO SERMÃO:
Devemos partir do princípio que há uma cronologia dos acontecimentos relatados de forma prevista e os mesmos estão intimamente relacionados com a nação de Israel. Israel é o foco do Sermão do Monte das Oliveiras, senão compreendermos isso, teremos dificuldades na interpretação das profecias ali proferidas pelo próprio Senhor.John Dwight Pentecost nos dá um cenário deste sermão nos seguintes termos:
1. Foi pronunciado dois dias antes da morte de Jesus (Mateus 26.1,2).
2. É seguido ás declarações dos ais sobre os fariseus (Mateus 23.13-36).
3. É seguido do aviso da cegueira de Israel sobre a nação de Israel (Mateus 23.37-39).
''O sermão é para os filhos de Jerusalém, que. nesse caso, são uma representação da nação de Israel [..] todo sermão de Mateus 24.4 em diante [...] imediatamente pronunciado a Seus discípulos, que ainda eram classificados como judeus e representavam um povo que passará pelas experiências nele descritas. O sermão é dirigido a toda nação de Israel e especialmente àqueles que sofrerão as provas retratadas ali. A frase ''quis eu reunir os teus filhos'' não só prova que Ele fala a Israel, mas refere-se ao cumprimento de grande parte da profecia relativa á reunião final de Israel na sua própria terra [...] ''Vossa casa'' é uma referência a casa de Israel que se centralizou na linhagem real de Davi [...] O termo ''deserta'' é uma de várias palavras usadas em referência á situação de Israel no mundo durante a presente época [...] ''Não me vereis'' é uma afirmação que prevê Sua ausência total, no quis diz respeito a Sua relação singular com Israel ''até'' que Ele volte, quando ''todo olho verá'' (Ap 1.7) ''e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória'' (Mt 24:30).''
(Pentecost citando Chafer).
II- AS PERGUNTAS DOS DISCÍPULOS:
Outro ponto fundamental para uma correta interpretação do sermão do monte das Oliveiras é a pergunta dos discípulos. Podemos seguir essa sequência:
1. O julgamento anunciado sobre os fariseus e a cegueira sobre a nação no capítulo 23.
2. A destruição de Jerusalém anunciado em Mateus 24.1,2.
Pentecost afirma que na mente dos discípulos tais afirmações tinham significação escatológica, pois o seus cumprimento estava associado á vinda do Messias e o fim dos séculos.
A pergunta deles: ''quando sucederão estas cousas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século?''
Jesus respondeu a primeira pergunta, a mesma foi registrada no contexto apresentado por Lucas (Lucas 21.20-24). A mesma estava relacionada com a destruição de Jerusalém sob Tito em 70 d.C.
Citado por Pentecost, vejamos o comentário de Gaebelein:
''Voltando ás duas perguntas seguintes, ''Que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século?'', deve-se dizer que, sem dúvida, na mente dos discípulos a pergunta era uma. Jesus havia falado várias vezes sobre o Seu retorno. Como judeus verdadeiros eles esperavam, e isso com todo o direito, o estabelecimento do reino messiânico pelo Messias. Eles viram como Ele [...] fora rejeitado [...] eles tomam coragem e Lhe perguntam sobre o sinal da Sua vinda, a vinda que Ele mencionou antes [...] Essa vinda é Seu retorno visível e glorioso á terra [...] Depois perguntaram sobre o fim ou a consumação do século [...] esse é o fim da era judaica, que ainda é futuro.''
Mateus 24 e 25 está escrito para responder á pergunta sobre os sinais da vinda do Messias, que marcaria o fim desta era (Veja nosso artigo ''Presente Era''). Aqui temos apresentado pelo Senhor os acontecimentos da consumação dos séculos antes do estabelecimento do reino relacionado com os judeus e ao plano de Israel. Tal plano foi desenvolvido numa ordem cronológica rígida.
Encerro esse artigo com a observação de Chafer:
''Poucas passagens do Novo Testamento colocam os acontecimentos registrados numa ordem cronológica mais completa que esse sermão''.
No próximo artigo vamos trabalhar a interpretação do sermão do Monte das Oliveiras.
FONTE: Manual de Escatologia.
AUTOR: John Dwight Pentecost
EDITORA: Vida.