OS GENTIOS NA TRIBULAÇÃO - PARTE II

OS LIMITES DO GOVERNO GENTÍLICO DOS ÚLTIMOS DIAS 


É aceito e crido pela maioria que os últimos estágios do Império Romano coincidirão geograficamente com as fronteiras do Império Romano no seu estado antigo.
Devemos levar em conta que o Império Romano chegou á sua forma de dez dedos e dez chifres na época da queda de Roma em 476 d.C. Isso é uma teoria e a mesma revela que a forma reavivada do Império será idêntica ás dimensões antigas.

Pentecost  comenta:

''Parece haver boas razões para crer na teoria de que as futuras fronteiras da forma final  do poder gentílico mundial não apenas coincidirão com as fronteiras antigas, mas, na verdade, poderão excedê-las grandemente."

Vimos nos artigos anteriores que o autor concorda que a federação de dez reinos não cumpriu na queda de Roma como foi mencionado acima de acordo com a teoria, mas isso aguarda os últimos dias antes de alcançar tal estado. Sendo esta federação futura e jamais existiu na história, não seria possível que os futuros dez reinos se conformassem algum limite histórico.

Para Pentecost os dez reinos são apenas a expansão da forma antiga do Império Romano de desenvolvimento, não o reavivamento da exata condição antiga.

As Escrituras apontam para um império com dimensões maiores que as que Roma já teve até o presente (Apocalipse 13.7). A Besta apresentada no versículo 2 é vista como o sucessor dos três impérios anteriores. Isso pode levar a crer não só na idéia de poder, mas também de extensão geográfica, portanto essa forma final do poder gentílico mundial pode compreender o território pertencente a todos os outros antecessores.

O capítulo 17 de Apocalipse revela o relacionamento entre a Besta e a Mulher, fazendo supor o alcance do Império. 
Pentecost cita Jennings na sua tese:

''... as Escrituras afirmam inequivocamente que o império mundial que Roma possuiu no passado será restaurado novamente a ela, e meu propósito [...] é reunir tais informações da mesma forma que agradou ao Deus de toda graça reunir na Sua Palavra, quanto a extensão e os limites daquele poder reavivado [...] acreditava-se que o futuro império teria precisamente as mesmas fronteiras geográficas [...] como naquela época [...] Considero esse um erro fundamental, pois despreza completamente a introdução na terra de outro elemento, básico e característico. Simples limites geográficos são uma semelhança irrisória á luz do caráter peculiarmente espiritual dessa era, a introdução de um elemento caracteristicamente espiritual exige, mesmo para limites terrenos, uma medida espiritual [...]
Analisando então o décimo sétimo capítulo do livro de Apocalipse, vemos todo o palco ocupado por duas personalidades: uma ''besta'' e uma ''mulher'' [...] essas duas [...] retratam [...] a futura terra profética [...] não pode haver argumento ou discussão de que essa passagem fale das condições civis e eclesiásticas que dominarão e caracterizarão aquela parte da terra que está dentro dos limites ou fronteiras da profecia.
Toda ela será preenchida por aquilo que diz respeito á ''besta'' e a ''mulher''. As duas estão inseparavelmente relacionadas, e nos dizem para que fim todos [...] caminham; e esse é que haverá por fim um império mundial e uma igreja mundial, e esses abrangerão tudo o que agora é chamado cristandade; aquele império apoiando aquela igreja, e a ''besta'' nas Escrituras apóia a ''mulher'', e a ''mulher'' é apoiada pela ''besta'' (Ap 17.3). Assim, onde quer que uma delas esteja, inevitavelmente a outra também estará, e as fronteiras desta inevitavelmente marcarão as fronteiras daquela [...]
[...] somos forçados a reconhecer que as fronteiras do império serão as fronteiras do cristianismo nominal, mas completamente apóstata; e, vice-versa, as fronteiras da igreja apóstata serão exatamente as fronteiras do império. Com isso assegurado e claro, concluiu-se, sem qualquer dúvida, que o Império Romano reavivado compreenderá [...] todos os países, por todo o lugares, que haja qualquer vestígio de cristianismo apóstata e, logo, incluirá a América do Norte e a do Sul.

É certo que Jennings se retrata a um dispensacionalismo clássico em sua teoria. É comum entre os clássicos atribui uma ligação com o catolicismo romano a identidade da mulher de Apocalipse 17.
Já para outros dispensacionalistas a identidade da mulher está ligada a toda forma de religião onde Cristo deixa de ser o Centro e se centraliza no homem.

No próximo artigo iremos tratar sobre os poderes aliados contra o Império Romano nos últimos dias.
Iniciaremos uma discussão sobre a identidade de Gogue e Magogue de Ezequiel 38 e 39 e Apocalipse 20.

FONTE: Manual de Escatologia.
AUTOR: J. Dwight Pentecost
EDITORA: Vida

Postagens mais visitadas