ISRAEL NA TRIBULAÇÃO - PARTE III
SERMÃO DO MONTE DAS OLIVEIRAS - FINAL.
INTRODUÇÃO:
Vamos finalizar com o nosso estudo sobre o Sermão Profético do Monte das Oliveiras (Mateus 24-25; Marcos 13 e Lucas 21). Lembrando que as profecias ali contidas estão dentro de uma cronologia que vai desde os sete anos do período tribulacional até a Segunda Vinda. Não esquecendo que essa mesma cronologia passou pela presente era na destruição de Jerusalém no ano 70 d.C.Estamos concentrados em Israel, a outra classe de povos que irão vivenciar esses acontecimentos futuros já tratamos sobre eles, os gentios (nações). Uma vez que a Igreja é arrebatada antes destes fatos começarem acontecer, ela não é foco da nossa abordagem.
Neste último artigo iremos apresentar o julgamento de Israel e dos gentios por ocasião do Segundo Advento de Cristo. Entenderemos as parábolas que ilustram esses julgamentos.
I- O JULGAMENTO DE ISRAEL:
Pentecost aponta que a cronologia dos acontecimentos ocorrem resumidamente com base nas instruções ilustradas da palavra ''então'' em Mateus 25.1. A parábola das dez virgens declara que após o ajuntamento de Israel (Mateus 24.31), haverá o julgamento do Israel vivente na terra no final da Grande Tribulação para saber quem entrará no Reino.Em Mateus 24.28 o Israel infiel foi comparado ao cadáver sem vida jogado aos abutres, um retrato do julgamento.
Pentecost ainda apresenta duas principais opiniões sobre a identidade das dez virgens:
''A primeira é que o Senhor está lidando exclusivamente com Israel em Mateus 24.4-44, mas em 24.45 a 25.46 está tratando da presente era e da sua conclusão, e assim é a Igreja que se tem em mente aqui.'' Ele cita novamente Gaebelein, como um dos apoiadores dessa opinião. Para Gaebelein que mesmo que o Senhor tenha falado para seus discípulos mesmo sendo judeus, ele deixa entender que ainda está ligado o remanescente judeu no final da Grande Tribulação, o Senhor olha também para os discípulos como em breve ligados a algo novo, isto é, o cristianismo.
Gaebelein ainda acrescenta que as parábolas estão mais relacionadas á era judaica e ao remanescente do povo terreno, que foi realçado na primeira parte do Sermão.
Pentecost continua:
''Essa opinião baseia-se no fato de que o óleo que as virgens possuíam representa o Espírito Santo, que teria sido tirado antes do período tribulacional. Alem disso, baseia-se na observação de que crentes judeus da tribulação não estarão dormindo porque os sinais indicam a proximidade do retorno do Messias.''
Para Pentecost pareceu havido razões para rejeitar a opinião de que as virgens representam a Igreja durante o presente século. |E são estas as razões:
1. O período indicado pela palavra ''então'' (Mateus 25.1) não seria uma referência á era da Igreja, mas continuaria a cronologia dos acontecimentos ligados a Israel, a medida que o Senhor continua a responder á pergunta original cujo referencial de tempo fora interrompido por ''agora'' em Mateus 24.32.
2. Já que o Senhor está voltando á terra como Noivo para as bodas, Ele deverá estar acompanhado pela Noiva. Logo, os que estão esperando na terra não poderiam ser a Noiva.
3. Apesar de o óleo ser um tipo do Espírito Santo, ele não é usado tão exclusivamente na era da Igreja. Já que haverá uma relação do Espírito Santo com os santos da tribulação, especialmente os que são Suas testemunhas, a referência ao Espírito Santo seria apropriada.
4- Na parábola não só as prudentes, mas também as néscias que estavam destinadas ao julgamento, foram ao encontro do Noivo. Isso não poderia retratar o arrebatamento, pois nenhuma pessoa não-salva sairia ao Seu encontro naquela hora.
5- O termo ''choro e ranger de dentes'' (Mateus 25.30) é usado em todas outras ocorrências que se referem a Israel nos Evangelhos (Mateus 8.12;13.42,50:22.13; Lucas 13.28) e parece referir-se também a Israel aqui.
6. Em Apocalipse 19.7-16 o banquete segue-se ao casamento em si. Lucas 12.35,36 parece insinuar que, enquanto as bodas ocorrem no céu, o banquete ocorre na terra.
A parábola das dez virgens descreve a Vinda do Noivo e da Noiva á terra para o banquete das bodas, em relação ás quais as cinco virgens prudentes serão aceitas e as néscias serão excluídas.
Vamos ver agora a segunda opinião que, vê as virgens como representantes da nação de Israel. English concluir dessa forma:
''As dez virgens representa o remanescente de Israel após a igreja ser arrebatada. As cinco virgens prudentes são o remanescente fiel, as virgens néscias são o infiel, que só professa estar esperando o Messias vir com poder.''
Pentecost dia que no versículo 10: ''as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas'' está a principal consideração da parábola.
Na Segunda Vinda haverá um julgamento na terra para o Israel vivente, a fim de determinar quem entrará no Reino, chamado na parábola ''bodas'', e quem dele será excluído. Os que estiverem vida serão recebidos, os que não a tiverem serão rejeitados.
Já a parábola dos talentos ilustra a mesma verdade de que Israel será julgado na Segunda Vinda para apurar quem entrará no Milênio e quem será excluído.
Para enfatizar a interpretação, Pentecost cita novamente English:
''Quando o Senhor Jesus voltar com poder, Ele lidará com o remanescente de Israel (Ez 20) para verificar quem receberá a benção do reino. ''Entra no gozo do teu Senhor'' é a entrada na terra para a benção do reino (Ez 20.40-42), enquanto o destino do servo improdutivo que foi lançado na escuridão é ''não entrarão na terra de Israel'', de Ezequiel 20.37,38.''
II - O JULGAMENTO SOBRE AS NAÇÕES DOS GENTIOS:
Aqui encerra a cronologia da consumação dos séculos, o julgamento de Deus que cairá sobre todos os inimigos de Israel após a Segunda Vinda. Esse julgamento determinará quem dos gentios, terá permissão para entrar ''na posse do Reino que vos estás preparado desde a fundação do mundo'' (Mateus 25.34).Aqui trata de julgamento sobre os indivíduos gentios vivos após o Segundo Advento e não o julgamento dos mortos que serão ressuscitados para aparecer diante do Grande Trono Branco (Apocalipse 20.11-15).
Durante a Grande Tribulação o Evangelho do Reino estará sendo pregado pelos 144 mil judeus evangelistas e pelo remanescente fiel, portanto esse julgamento determina a reação da pessoa á sua pregação. Um pouco da exposição de Kelly nos ajuda a entender melhor esse julgamento:
''... aqui [o critério de juízo] é um assunto simples e único que se aplica apenas aquela geração vivente de todas as nações: como você tratou os mensageiros do Rei que pregaram o evangelho do reino ates da chegada do fim? O fim agora evidentemente chegou. O teste foi um fato aberto e inegável; provou claramente se tinham fé ou não no Rei vindouro. Os que honraram os mensageiros do reino demonstraram fé por meio de suas obras; os que os desprezaram manifestaram sua descrença. O teste não era só justo mas também misericordioso, e o ''Rei'' pronunciou Sua sentença de acordo com ele.''
CONCLUSÃO:
O Sermão Profético do monte das Oliveiras provê uma cronologia apresentada pelo próprio Senhor Jesus dos acontecimentos da Septuagésima Semana de Daniel. Essa cronologia é um guia exato na interpretação destes acontecimentos daquele período, a final da era judaica, portanto não há uma ligação com a era da Igreja.No próximo artigo continuaremos tratando com Israel na Tribulação com o assunto da identidade da Mulher de Apocalipse 12.
FONTE: Manual de Escatologia.
AUTOR: John Dwight Pentecost
EDITORA: Vida.
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