O TEMPO DA TRIBULAÇÃO - FINAL


INTRODUÇÃO:

Já conhecemos a natureza, a origem e o propósito da Tribulação, isso nos apresentam o que as Escrituras nos apresentam sobre esse assunto. O conjunto escriturístico sobre o tema é bastante abrangente nas Escrituras e ao mesmo tempo claro.

Todo e qualquer problema sobre esse assunto não está nas Escrituras, mas no método de interpretação que se usa para tentar explicar esse período muito bem definido nas Escrituras.

No presente artigo vamos focar na Hora da Tribulação na Escritura e já vamos preparar para as famosas Setenta Semanas de Daniel que deixaremos para os próximos artigos específicos para elas. E a Septuagésima ou a Última Semana de Daniel que é o período da Grande Tribulação.

Como já dissemos, o atual artigo é uma preparação para as profecias de Daniel e do Nosso Senhor sobre o tempo mais angustiante já previsto nas Escrituras, e com isso o leitor poderá compreender um pouco mais a visão pré-tribulacionista daquilo que o dispensacionalismo trata como o fim desta Era.

I - A HORA DA TRIBULAÇÃO NA ESCRITURA:

No próximo artigo iremos falar das Setenta Semanas e vamos mostrar algumas posições e visões escatológicas sobre o tema. Estas setenta semanas estão destinadas ao povo judeu e consequentemente o fechamento delas tem o enfoque judaico. Mas no momento vamos esboçar essa septuagésima semana, isso se faz necessário, uma vez que desejamos entender tal período nas profecias bíblicas.

O principal capítulo que trata essa questão é Daniel 9.24-27, e tal profecia está numa ordem cronológica, embora que há várias posições quanto a essa cronologia, mas a maioria dos estudiosos consideram esta cronologia.

A hora da Tribulação é justamente tratada no versículo 27 da profecia do capítulo 9 do livro de Daniel.

''E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador''.

II- A IMPORTÂNCIA DESTA PROFECIA:

Alguns aspectos relevantes estão associados com esta profecia:

1. Ela estabelece o método literal de interpretação:

''Corretamente, interpretada, a profecia de Daniel fornece excelente exemplo do princípio de que a profecia está sujeita á interpretação literal. Quase todos os expositores, por mais que se oponham á profecia em si, concordam em que pelo menos parte da septuagésima semana de Daniel deve ser interpretada literalmente [...] se as primeiras 69 semanas de Daniel estiveram sujeitas ao cumprimento literal, eis um forte argumento de que o final da septuagésima semana terá o mesmo cumprimento''.

2. Ela demonstra a verdade das Escrituras:

''... a profecia das setenta semanas tem um imenso valor de prova como testemunho da verdade das Escrituras. A parte da profecia relacionada ás primeiras 69 semanas já foi cumprida de maneira exata [...] apenas um Deus onisciente poderia prever com mais de quinhentos anos de antecedência o dia em que o Messias entraria em Jerusalém para apresentar como ''Príncipe de Israel''.''

3. Ela nos dá a cronologia divina da profecia:

''Nas previsões das setenta semanas, temos a chave cronológica indispensável para todas as profecias do Novo Testamento. O grande discurso profético feito por nosso Senhor em Mateus e em Marcos sem duvida fixa a hora da última e maior angustia de Israel entre os dias da septuagésima semana da profecia de Daniel (Daniel 9.27; Mateus 24.15-22; Marcos 13.14-20). A maior parte do Livro de Apocalipse é simplesmente uma expansão da profecia de Daniel dentro do painel cronológico esboçado pela septuagésima semana, que é dividido em dois períodos iguais, cada um se estendendo por 1260 dias, ou 42 meses, ou 3 anos e meio (Apocalipse 11.2,3; 12.6,14; 13.5).
Consequentemente, se conduzidas sem entendimento dos detalhes das setenta semanas de Daniel, todas as tentativas de interpretar a profecia do Novo Testamento estão fadadas ao fracasso''.

4. Ela apóia a visão de que a Igreja é um mistério que não foi revelado no Antigo Testamento:

''As setenta semanas de Daniel, corretamente interpretadas, demonstram o lugar distinto da Igreja e de Israel no propósito de Deus. As setenta semanas de Daniel estão totalmente ligadas a Israel, seu relacionamento com os poderes gentílicos e sua rejeição do Messias. O propósito especial de chamar um povo de cada nação para formar a Igreja e o projeto da presente Era não se encontra em nenhum lugar dessa profecia''.

Quando lemos Apocalipse encontraremos a Igreja nos capítulos 2 e 3, mas a partir do quarto capítulo até o 19 não encontramos evidência da mesma na terra neste período. Isso indica que ela deverá ser arrebatada antes do período tribulacional.

Sobre esse assunto das 70 Semanas faremos no próximo artigo, isso será necessário para voltarmos a Grande Tribulação que dentro do contexto das Semanas é a última ou a Septuagésima Semana.
Apresentaremos as várias interpretações sobre o assunto, uma vez que esse blogue já trabalhou com as principais delas, focaremos as variações dentro do pré-dispensacionalismo.
Havendo feito nossa abordagem geral das 70 Semanas voltaremos o nosso foco para a Última.

FONTE: MANUAL DE ESCATOLOGIA.
AUTOR: JOHN DWIGHT PENTECOST.
EDITORA: VIDA.

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