AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL - PARTE V
OS ARGUMENTOS DE DEREK WALKER
Estamos trabalhando com o argumento de Derek Walker sobre o início da contagem das 70 Semanas, autor da obra Profecias do Fim dos Tempos - Volume 1, lançado no Brasil pela Rhema-Brasil Produções. A data proposta pelo autor é 458 a.C, a data que Artaxerxes havia assinado o decreto que autoriza os judeus reconstruir Jerusalém após o exílio babilônico que durou 70 anos.
No artigo de hoje iremos dá continuidade a posição de Derek e vendo os outros argumentos que ele usa para defender a mesma. Vale lembrar o leitor que o mesmo é dispensacionalista e pré-tribulacionista e pré-milenista. O mesmo só diverge na questão da data quando as 70 Semanas iniciam, ao passo que os demais ficam entre 444 e 445 a.C.
I- VOLTANDO PARA A PROFECIA DAS SEMANAS:
''Tudo isso é bem documentado na edição revisada do ''Manual de Cronologia Bíblica'' (o autor se refere ao ano da Crucificação que comentamos no artigo anterior), de Finegam. Concluindo, (o autor irá fechar a questão da data do inicio do ministério de João Batista e de Jesus) temos boas evidências de que o ministério de João iniciou-se em 26 d.C, e que o evento da cruz se deu em 33 d.C. Isso significa que que os sete anos profetizados por Daniel como o tempo do ''Messias'', o ''Príncipe'' (26-33 d.C.), cumpriram-se nos sete anos do ministério de João e Jesus.
Em algum momento, após os 483 anos - depois que a apresentação do Messias começar - , Ele será morto em nosso favor.''
Por propor 458 a.C. a data para o início das 70 Semanas, Derek também propõe que as Semanas se cumpriram ininterruptamente nos dias de João Batista e Jesus, os 7 anos finais ou a última semana se cumpriu. Para Derek as 70 Semanas se cumpriram na Primeira Vinda e que se os judeus não rejeitasse a Mensagem do Reino por Jesus e por João, o Reino seria inaugurado depois daqueles 7 anos (26-33 d.C). Porém o mesmo entende que haverá um período de 7 anos de Tribulação após o arrebatamento da Igreja, nesse caso será uma espécie de uma ''repetição'' dos 7 anos antepassados.
Derek Walker agora volta para a profecia das Semanas em Daniel 9 e recomeça do versículo 26:
''Depois da sessenta e duas semanas, será morto o UNGIDO e já não estará [...]". Vimos que, ao fim das 62 semanas, o ministério Messiânico começaria.
Agora nos é dito que, algum tempo depois, no fim do Seu ministério, o Messias seria morto, não pelos próprios pecados, mas pelos nossos.''
Mesmo com a posição que o autor adota, o mesmo não nega a necessidade da Morte de Jesus, ou seja, Cristo se ofereceria por Sacrifício pela humanidade mesmo que os judeus tivesse recebido a Mensagem do Reino na Primeira Vinda.
Derek afirma que é agora que ''sabemos agora que foi após os sete anos, no fim das Setenta Semanas, em 33 d.C., que o Messias foi morto.'' E continua:
''Sabemos, a partir dos Banquetes e Estações descritos no Evangelho de João, e também Lucas 13.7, que Jesus ministrou por três anos e meio. Assim, João deve ter ministrado por três anos e meio antes disso, o que é tipificado pelo ministério de Elias (Tiago 5.17). (Esse padrão da septuagésima semana dividida em duas metades é confirmado quando vemos repetido nos sete anos de Tribulação, quando a septuagésima semana é reprisada).''
Esse é o entendimento do autor como havia mostrado anteriormente. Sobre a Grande Tribulação como uma ''reprise'' iremos falar quando estivermos tratando especificamente sobre o assunto.
Voltando á obra Profecias do Fim dos Tempos - Volume 1, Derek Walker prossegue:
''A profecia estranhamente se cala a respeito desses sete anos do Messias (a septuagésima semana de Daniel), após os quais o Reino deveria ser estabelecido. Esses anos, os mais importantes, são deixados em branco, com exceção da menção da morte substitutiva do Messias ao fim deles.''
II- O MESSIAS VIRIA PARA OFERECER O REINO E MORRER PELA HUMANIDADE:
Como é perceptível, o autor pelo qual estamos conhecendo mais uma possibilidade quanto a data do decreto de Artaxerxes é 458 a.C, concorda com outros interpretes que a Primeira Vinda implica dois planos divinos: o Reino e a Salvação.
O Messias é o Rei esperado do Seu povo (Israel) e ao mesmo tempo Ele é o Salvador da Humanidade. Suas descendências vindas de Abraão (Salvação) e Davi (Reino) em Mateus 1.1 revelam claramente os dois planos. Leia também Mateus 1.21; Lucas 1.31-33.
Mas o foco é a apresentação alternativa para a data que dá o inicio as Setenta Semanas de Daniel, Derek tendo apresentado que os anos entre 26 á 33 d.C seria os 7 anos da Profecia das Semanas seria justamente os anos que terão uma reprise nos anos vindouros da Grande Tribulação.
''De acordo com o versículo 24, ao fim da Septuagésima Semana (33 d.C), Jesus Cristo deveria morrer por nossos pecados e estabelecer o Reino. Ele, de fato, morreu e estabeleceu a Nova Aliança em Seu sangue e estava pronto para instaurar o Reino naquele ano, cumprindo a profecia dos 490 anos, mas algo (antecipado no versículo) aconteceu para atrasar isso.''
Para Derek toda a profecia dos 490 anos se cumpriu no ano 33 d.C, observe que ele não desconexa os dois planos: Salvação e Reino, no entendimento dele, a morte de Cristo era necessária antes que o Reino fosse inaugurado. E o mesmo continua:
''... Primeiro: ''o Ungido passará pela morte e, portanto, será tirado da cidade'' (KJA) pode também ser traduzido como ''o Ungido será morto, e já não haverá lugar para ele'' (NVI) ou, como diz a Bíblia Viva: ''o Ungido será morto, sem estabelecer o Seu Reino.'' Por alguma razão, o Reino não vem após os 490 anos!''
Os 490 anos ou as 70 Semanas fala do tempo em que Israel seria restaurado, Derek acredita que isso ocorreria nos períodos por ele apresentado a partir do ano 458 a.C. Ele enxerga a totalidade da profecia sem o intervalo entre a penúltima e última semana (483 á 490 anos), intervalo esse que é visto pela maioria dos outros dispensacionalista, conhecido como o Intervalo.
Depois de expor que algo acontece que impede que o Reino fosse inaugurado no fim das 70 Semanas, Walker volta ao seu comentário de Daniel 9.26:
''Em seguida, a profecia do versículo 26 continua, e há outro estranho desenvolvimento. Em vez de vermos o Messias estabelecendo o Reino, temos: ''[...] e o povo [os romanos] de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio e até o fim haverá guerra; desolações são determinadas'' (cumpridas nas guerras entre 66 e 73 d.C., quando Roma destruiu Jerusalém e dispersou Israel entre as nações). Algo deu terrivelmente errado! Tal destruição e julgamento sobre Israel só poderia significar que a nação rejeitou seu Messias!"
Observe que o autor concorda com os pontos relacionados com Israel após a morte do Messias, é de concordância unânime de que os acontecimentos dos anos 70 d.C. são ''juízos'' sobre os judeus por sua rejeição á Cristo.
Iremos encerrar esse artigo com a conclusão do autor neste argumento, embora que iremos continuar com o mesmo no próximo artigo onde o mesmo apresentará os acontecimentos futuros.
''Isso não poderia ter sido explicitamente, sem arruinar a liberdade de escolha da nação. Assim, o Reino não poderia ser estabelecido ao final dos 490 anos!
Mas como Deus cumprirá a profecia dos 490 anos, da forma como Ele deve cumpri-la?"
FONTE: PROFECIAS DO FIM DOS TEMPOS - VOLUME 1
AUTOR: DEREK WALKER.
EDITORA: RHEMA-BRASIL PUBLICAÇÕES.