OS GENTIOS NA TRIBULAÇÃO - INTRODUÇÃO
O PLANO PROFÉTICO PARA OS GENTIOS - NAÇÕES
INTRODUÇÃO:
Um dos pontos fundamentais na Interpretação das Profecias Bíblicas é a distinção dos Três Povos: gentios, judeus e a igreja. Embora por meio de Cristo, judeus e gentios formam um só Povo - Igreja, mas no Programa Profético eles são tratados de maneira distinta.Dentro do que chamamos de o PLANO PROFÉTICO PARA OS GENTIOS, podemos entender um pouco com respeito como será o GOVERNO DO ANTICRISTO. Esse governo, conforme as Escrituras fará um ACORDO COM OS JUDEUS, tal acordo também incluirá os GENTIOS.
Na GRANDE TRIBULAÇÃO dois PLANOS PROFÉTICOS caminharão simultaneamente. A compreensão de tais planos ajudará o estudante da ESCATOLOGIA BÍBLICA identificar tais profecias e onde elas se aplicam.
Portanto, há um PLANO DIVINO para as NAÇÕES GENTÍLICAS que deverá cumprir-se no período da TRIBULAÇÃO. As profecias dedicam-se uma boa parte ao assunto, tal assunto precisa ser desenvolvido para uma formação de ideias nítidas dos acontecimentos no período tribulacional.
Neste artigo e nos demais a seguir, voltaremos a trabalhar com o MANUAL DE ESCATOLOGIA do Dr John Dwight Pentecost como base e com outros autores para nos auxiliar nesta abordagem.
I - O TEMPO DOS GENTIOS:
Pentecost começa abordando o tema da seguinte forma:
''O período de tempo denominado pelo Senhor ''tempos dos gentios'' em Lucas 21.24, em que Ele diz ''Até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles'', é um dos mais importantes períodos das passagens proféticas''.
No Sermão do Monte das Oliveiras (Mateus 24,25; Marcos 13 e Lucas 21) o Senhor destacou os judeus e os gentios no período da Tribulação. Os tempos dos gentios é um período que deve ser muito bem entendido, e é que procuraremos fazer com o auxílio do MANUAL DE ESCATOLOGIA.
''Deus tem um plano para com as nações gentílicas, a fim de conduzi-las á salvação e a benção do milênio''.
O Plano de Deus para os gentios envolve Salvação e Reino, e tal plano é apresentado da seguinte maneira:
1. Noé fez uma profecia abrangente profecia com respeito a cada um de seus filhos, estes foram os progenitores das raças que povoaram a terra (Gênesis 9.25-27).
2. Os juízos que foram derramados no período do Antigo Testamento sobre as nações ao redor de Israel :
a) Babilônia e Caldeia (Isaías 13.1-22; 14.18-27; Jeremias 50.1-51.64).
b) Moabe (Isaías 15.1-9; 16.1-14; Jeremias 48.1-47).
c) Damasco (Isaías 17.1-14; Jeremias 49.23-27).
d) Egito (Isaías 19.1-25; Jeremias 46.2-28).
e) Filístia e Tiro (Isaías 23.1-18; Jeremias 47.1-7).
f) Edom (Jeremias 49.7-22).
g) Amom (Jeremias 49.1-6).
h) Elão (Jeremias 49.34-39).
3. Os tempos dos gentios.
Pentecost traz uma explicação sobre o assunto:
''Em contraposição ás palavras ''tempos ou (e) épocas'', que se referem á atuação divina com relação a Israel (cf. Atos 1.7; 1 Tessalonicenses 5.1), temos a expressão tempos dos gentios, que se refere á atuação divina com relação aos gentios''.
Percebe o leitor que uma diferença entre os dois períodos na compreensão apresentada acima, tempos e épocas tem relação com os judeus, e tempos dos gentios tem relação com as outras nações. Para esta última expressão é necessário entender que:
''[...] mede o período em que Jerusalém estará sob o governo dos gentios [...] a medida dos tempos dos gentios chega a aproximadamente 560 anos [...] Este período, no entanto, é interrompido pela Era da Igreja, que, por não ter duração identificada, introduz um elemento de indefinição sobre quando terminará o tempo dos gentios.''
Percebemos que a Igreja é sobreposta nesse tempo, não como parte dele, mas um plano dentro do mesmo. Isso deve ser compreendido para não associarmos as profecias deste período com o destino da Igreja. Veja bem que o tempo dos gentios foi interrompido pela introdução da Igreja. O domínio gentílico sobre Israel está acabado. Observe nas palavras de Pentecost:
''No entanto, fica claro que os tempos dos gentios já estão completos, com exceção dos sete anos que serão experimentados imediatamente após a retirada da Igreja, acontecimento que fecha essa era intercalar''.
4. A Sucessão das Monarquias: [...] Quatro poderes mundiais foram preditos por Daniel - Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma. Esses, como previsto pelo profeta, dominariam os tempos dos gentios e seriam eliminados pela Vinda Gloriosa de Cristo, quando o reino messiânico substituir todo o governo e toda autoridade humana [..]
5. O Julgamento das Nações Gentílicas: [...] Esse acontecimento estupendo [...] é plenamente previsto no Antigo Testamento (cf. Sofonias 2.1-10; Isaías 63.1-6; Joel 3.2-16; Sofonias 3.8; Zacarias 14.1-3).
6. Nações Gentílicas e o Lago de Fogo: A destruição das nações gentílicas que se opuserem ao plano de Deus também é prevista no Antigo Testamento, mas o próprio Cristo - o Juiz - declarou seu verdadeiro destino (Mateus 25.41).
7. As Nações Gentílicas e o Reino: [...] A profecia prevê a porção que os gentios terão no reino de Israel (cf. Isaías 11.10: 42.1,6; 49.6,22; capítulos 60, 62 e 63) [...] Uma revelação posterior (Mateus 25.31-40) afirma a entrada de gentios no Reino pela autoridade do Rei e conforme predeterminada pelo Pai desde a fundação do mundo.
II- A DURAÇÃO DOS TEMPOS DOS GENTIOS:
Como vimos antes, os tempos dos gentios estão relacionados com o reinado destes sobre Jerusalém, de acordo com as próprias palavras do Senhor Jesus em Lucas 21.24. Tal período deu-se início com o cativeiro da Babilônia, quando Jerusalém caiu nas mãos dos gentios. Continua até hoje e prossegue durante a Grande Tribulação, neste tempo, os poderes gentílicos serão julgados.O domínio terminará na Segunda Vinda do Messias á terra. Pentecost cita Scofield para definir os limites temporais relacionados ao tempos do gentios:
''Os tempos dos gentios são aquele longo período que se inicia com o cativeiro babilônico de Judá, sob Nabucodonosor, e termina com a destruição do poder gentílico mundial pela ''pedra cortada sem auxílio de mãos'' (Daniel 2.34,35,44), i.e; a Vinda do Senhor em glória (Apocalipse 19.11,21), até quando Jerusalém estará politicamente sujeita ao governo gentílico (Lucas 21.24).
Quanto ao assunto vamos apresentar uma proposta paralela quanto aos TEMPOS DOS GENTIOS que foi indicada por Derek Walker.
Ao tratar com o Sermão Profético do Monte das Oliveiras, Derek Walker trata com as Três Perguntas dos discípulos: sobre o sinal que indicaria que Jerusalém seria destruída, sobre os sinais da Segunda Vinda, e os sinais da Grande Tribulação.
A primeira pergunta foi respondia em Lucas 21.20-24. Walker diz:
''O SINAL que eles deviam procurar era exatamente a próxima vez que Jerusalém fosse cercada de exércitos - então eles saberiam que a destruição estava para acontecer. Isso se deu quando Roma fez cerco a Jerusalém, em 67 d.C.''.
Derek afirma que Jesus estava oferecendo proteção para os crentes nos terríveis tempos profetizados por Daniel no capítulo 9.26. Alguns problemas surgiram em Roma no período, o exército romano retirou-se por um tempo. Pensando que a situação estava controlada, a maioria dos judeus permaneceram em Jerusalém, mas todos os cristãos que estavam conscientes daquilo que Jesus Cristo havia dito aos apóstolos, e estes aos cristãos, assim os cristãos fugiram neste intervalo no qual o exército romano teve que volta de Jerusalém para Roma. Assim o fizeram fugindo para Pela na Jordânia. Depois os romanos voltaram e destruíram a cidade e o templo no ano 70 d.C.
''Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Porque haverá grande AFLIÇÃO na terra e ira [julgamento]contra este povo. Cairão a fio de espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles.'' (Lucas 21.23-24).
Aqui que entra a posição de Derek Walker sobre o assunto, antes ele tratou com os acontecimentos no ano 70 d.C., mas a predição de Jesus se estende para um futuro indeterminado de acordo com a narrativa de Lucas 24.24. Assim Walker aborda:
''ATÉ QUE SE COMPLETEM! Israel foi, de fato, disperso entre as nações, mas ''até que'' significa que isso seria apenas por determinado período de dominação gentia.
Portanto, quando os tempos dos gentios se completarem, Israel retornará, será restaurado como nação e reassumirá o controle de Jerusalém. Na verdade essa parte da profecia já se cumpriu , em 1948, (o renascimento da nação) e em 1967 (a retomada de toda a Jerusalém). Isso significa que os tempos dos gentios (dominação gentia sobre Israel) se completaram e que agora vivemos a fase final desta era''
Derek trabalha com a posição de que os acontecimentos em 1948 são partes do cumprimento da profecia da dominação gentílica sobre Israel desde o Império Babilônico nos dias de Daniel até o renascimento da nação em 1948 da nossa Era.
As posições de Derek Walker, John Dwight Pentecost e de Scofield se alinham entre si quanto a questão, mas Derek ainda nos fornece outro argumento que de certa forma nos ajuda a compreender os acontecimentos de 1948.
Os turco tomaram o Império Romano do Oriente em 1453, e os turcos permaneceram no poder até o período entre 1908-1922, mas foi no período da Primeira Guerra Mundial entre 1914-1918. E no fim da Primeira Guerra é o marco para as Profecias Bíblicas no pensamento de Derek Walker. Assim, o mesmo se expressa:
''Nas guerras mundiais, Deus nos deu um sinal de que o fim da Era está próximo.
O retorno do Senhor será a MEIA-NOITE:
''Mas, á meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro!" (Mateus 25.6).
Deus claramente marcou 11 h (23 h) quando a Primeira GUERRA MUNDIAL terminou: á 11 (23) hora do 11 dia do 11 mês de 1918, exatamente 11 meses após o General Allenby entrar em Jerusalém e libertá-la da dominação turca (11 de dezembro de 1917) - um passo importante para o renascimento de Israel -, pois naquele tempo a Inglaterra havia se comprometido a fazer dela uma pátria para os judeus.''
E assim, Derek Walker propõe que a Primeira Guerra Mundial e a Restauração de Israel são dois sinais chaves dos Últimos Dias, antes do Retorno do Senhor. Ambos marcaram o início da ÚLTIMA HORA (11 da noite - 23 h), confirmada por Deus na cronometragem do fim da Primeira Guerra Mundial.
Nos parece que o pensamento de Derek Walker é que o fim da dominação gentílica sobre Israel inicia em 1918, mas é em 1948 e 1967 que Israel reassume o controle de Jerusalém.
Pare mais informações e conhecimento sobre esse tema, eu indico ao leitor o livro ''ISRAEL, GOGUE E O ANTICRISTO de ABRAÃO DE ALMEIDA da editora CPAD.
''O que temos em Daniel é [...] o curso e o caráter dos poderes gentios, desde a destruição de Jerusalém até a aparição de Cristo, junto com a posição do remanescente e os sofrimentos do povo judeu, enquanto os gentios têm o domínio, até que, por fim, na fidelidade em cumprir os Seus propósitos, Deus intervém e, para Sua própria glória, opera o resgate e a benção de Seu povo terreno eleito.''
Pentecost declara que o primeiro ponto profético dos Tempos dos Gentios foi esboçado em Daniel 2, no sonho da grande estátua que o rei Nabucodonosor teve. Neste sonho encontramos sucessivos impérios que exerceram domínio sobre Jerusalém.
Foram previstos cinco domínios mundiais sucessivos, quatro deles estavam nas partes da estátua, mas o quinto é aquele que irá surgir dos destroços dos outros quatro. Isso ocorrerá por meio do Julgamento Divino. Esse quinto é diferente porque será estabelecido por Deus no céu, e é terreno na sua duração.
O quarto reino que é representado pelas pernas de ferro da estátua chegou no auge de seu desenvolvimento quando Cristo esteve na terra - Roma, e é neste quarto reino que os pés e os dedos formados por uma mistura de ferro e barro. Justamente será no reino dos pés e dos dedos de barro que o Reino da Pedra atingirá a estátua.
A segunda referência profética, proposta por John Dwight Pentecost está em Daniel 7.
''Enquanto Daniel 2 a história dos impérios mundiais é vista da perspectiva do homem, em Daniel 7 é vista da perspectiva divina, por meio da qual os impérios aparecem não como uma imagem gloriosa e atraente, mas como quatro bestas vorazes e selvagens, que devoram e destroem tudo á sua frente e, por conseguinte, são dignas de julgamentos.''
Pentecost segue a mesma linha de interpretação da maioria, para as partes da estátua de ouro do capítulo 2:
1. Cabeça de ouro é a representação da Babilônia - Império Babilônio.
2. O peitoral e os braços de prata é a representação da Pérsia. Império Medo - Persa.
3. Ventre de bronze é a representação da Grécia - Império Grego.
4. As pernas de ferro é a representação de Roma - Império Romano.
5. Os pés e os 10 dedos de ferro e barro é a representação do governo gentílico na Grande Tribulação - Anticristo.
Quanto aos animais do capítulo 7, Pentecost segue a mesma linha:
1. O leão com as asas arrancadas, um símbolo da Babilônia. Esse Império perdeu a sua força, mesmo tendo um coração humano, mas ainda era um animal.
2. O urso é a representação do Império Medo-Persa. Uma pata que levantada, era o elemento persa que era mais forte que o medo. As três costelas na boca, porque Susiana, Lídia e a Ásia Menor tinham sido conquistadas por esse poder.
3. O leopardo com suas quatro asas e quatro cabeças, é o retrato do Império Greco-Macedônio. As quatro asas representam a agilidade, e as quatro cabeças representam a divisão deste Império: Síria, Egito, Macedônia e Ásia Menor.
4. O quarto animal é o Império Romano. Este é terrível em seus aspectos, amedrontador e excepcionalmente forte. Este animal tem dentes de ferro para devorar, despedaçar e esmagar, e os seus dez chifres, e entre eles nasce um pequeno chifre com olhos semelhante aos olhos de um homem, e uma boca que fala muitas coisas.
Uma junça com as partes da estátua do capítulo 2 com os animais do capítulo 7 nos dá esta visão na mente:
1. A cabeça de ouro e o leão com as asas arrancadas ambos representando a Babilônia.
2. O peitoral e os braços de prata e o urso representando os Medos-Persas.
3. Ventre de bronze com o leopardo são a Grécia.
4. As pernas de ferro e o terrível animal uma alusão á Roma.
Os pés e os 10 dedos de barro e farro com os dez chifres do quarto animal será a forma do Último Poder Gentílico.
O chifre pequeno que tinha olhos e uma boca que falava é uma simbologia do anticristo que irá surgir dos 10 chifres. Esse poder se manifestará durante o período Tribulacional.
As partes da estátua e seus materiais, os metais vem caindo em sua valorização, do ouro ao ferro.
O barro misturado com o ferro, mistura essa que é inadequada. Quanto aos animais, eles nos falam do caráter animalesco e moral destes Impérios:
1. O leão devora.
2. O urso esmaga.
3. O leopardo salta sobre a sua presa.
4. E o quarto animal é o que despedaça tudo que vê pela frente.
Pentecost fecha da seguinte forma:
''Assim, as Escrituras revelam que, do tempo de Daniel até o tempo em que Jerusalém receberá liberdade do domínio gentílico, na segunda vinda de Cristo, quatro grandes impérios surgirão e cairão.''
No período Tribulacional, é o tempo em que o desenvolvimento do plano profético dentro dos tempos dos gentios chegará em sua conclusão. Esse plano para os gentios tem forte influência no plano escatológico.
Nisto, Dwight Pentecost esboça esse período dos gentios nos Últimos Dias, de acordo com Daniel:
''1) Haverá uma reorganização das nações para constituir forma final do quarto império mundial. Esse império será ferido pela ''pedra'' (Daniel 2.35); será composto de dez partes diferentes (Daniel 2.33; 7.7): terá uma cabeça, que, ao ascender, faz cair três cabeças de estado já existentes (Daniel 7.8).
2) A cabeça desse império será um blasfemador (Daniel 7.8,25), um perseguidor dos santos (Daniel 9.25) que continuará por três anos e meio (Daniel 7.25) como inimigo especial de Deus e do plano de Deus para com Israel.
3) Essa cabeça do império fará com Israel uma aliança para restaura-lhe a soberania (Daniel 9.27), a qual será quebrada (Daniel 9.27).
4) Esse líder invadirá a Palestina (Daniel 11.41) e estabelecerá ali a sede do seu governo (Daniel 11.45).
5) Ele será julgado no retorno do Senhor (Daniel 7.11,26).
6) A destruição desse líder e de seus exércitos redimirá Jerusalém do domínio gentílico (Daniel 7.18,22,27).
7) Essa libertação acontece por ocasião da segunda vinda do Messias (Daniel 7.13;2.35).
Tivemos uma abordagem geral sobre o Plano Profético dos Gentios, e isso foi necessário para que possamos compreender o que iremos estudar daqui para frente. Sem essa abordagem, seria difícil compreender as etapas que veremos adiante.
No próximo artigo iremos abordar como será a FORMA FINAL DO PODER MUNDIAL GENTÍLICO.
FONTE: Manual de Escatologia.
AUTOR: John Dwight Pentecost
EDITORA: Vida.
Portanto, quando os tempos dos gentios se completarem, Israel retornará, será restaurado como nação e reassumirá o controle de Jerusalém. Na verdade essa parte da profecia já se cumpriu , em 1948, (o renascimento da nação) e em 1967 (a retomada de toda a Jerusalém). Isso significa que os tempos dos gentios (dominação gentia sobre Israel) se completaram e que agora vivemos a fase final desta era''
Derek trabalha com a posição de que os acontecimentos em 1948 são partes do cumprimento da profecia da dominação gentílica sobre Israel desde o Império Babilônico nos dias de Daniel até o renascimento da nação em 1948 da nossa Era.
As posições de Derek Walker, John Dwight Pentecost e de Scofield se alinham entre si quanto a questão, mas Derek ainda nos fornece outro argumento que de certa forma nos ajuda a compreender os acontecimentos de 1948.
Os turco tomaram o Império Romano do Oriente em 1453, e os turcos permaneceram no poder até o período entre 1908-1922, mas foi no período da Primeira Guerra Mundial entre 1914-1918. E no fim da Primeira Guerra é o marco para as Profecias Bíblicas no pensamento de Derek Walker. Assim, o mesmo se expressa:
''Nas guerras mundiais, Deus nos deu um sinal de que o fim da Era está próximo.
O retorno do Senhor será a MEIA-NOITE:
''Mas, á meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro!" (Mateus 25.6).
Deus claramente marcou 11 h (23 h) quando a Primeira GUERRA MUNDIAL terminou: á 11 (23) hora do 11 dia do 11 mês de 1918, exatamente 11 meses após o General Allenby entrar em Jerusalém e libertá-la da dominação turca (11 de dezembro de 1917) - um passo importante para o renascimento de Israel -, pois naquele tempo a Inglaterra havia se comprometido a fazer dela uma pátria para os judeus.''
E assim, Derek Walker propõe que a Primeira Guerra Mundial e a Restauração de Israel são dois sinais chaves dos Últimos Dias, antes do Retorno do Senhor. Ambos marcaram o início da ÚLTIMA HORA (11 da noite - 23 h), confirmada por Deus na cronometragem do fim da Primeira Guerra Mundial.
Nos parece que o pensamento de Derek Walker é que o fim da dominação gentílica sobre Israel inicia em 1918, mas é em 1948 e 1967 que Israel reassume o controle de Jerusalém.
Pare mais informações e conhecimento sobre esse tema, eu indico ao leitor o livro ''ISRAEL, GOGUE E O ANTICRISTO de ABRAÃO DE ALMEIDA da editora CPAD.
III- O DECURSO DOS TEMPOS DOS GENTIOS:
Voltamos agora para John Dwight Pentecost para prosseguimos no tema. Pentecost comenta que a descrição mais completa deste período foi dada pelo profeta Daniel, o mesmo ainda cita Dennett para elucidar a questão:''O que temos em Daniel é [...] o curso e o caráter dos poderes gentios, desde a destruição de Jerusalém até a aparição de Cristo, junto com a posição do remanescente e os sofrimentos do povo judeu, enquanto os gentios têm o domínio, até que, por fim, na fidelidade em cumprir os Seus propósitos, Deus intervém e, para Sua própria glória, opera o resgate e a benção de Seu povo terreno eleito.''
Pentecost declara que o primeiro ponto profético dos Tempos dos Gentios foi esboçado em Daniel 2, no sonho da grande estátua que o rei Nabucodonosor teve. Neste sonho encontramos sucessivos impérios que exerceram domínio sobre Jerusalém.
Foram previstos cinco domínios mundiais sucessivos, quatro deles estavam nas partes da estátua, mas o quinto é aquele que irá surgir dos destroços dos outros quatro. Isso ocorrerá por meio do Julgamento Divino. Esse quinto é diferente porque será estabelecido por Deus no céu, e é terreno na sua duração.
O quarto reino que é representado pelas pernas de ferro da estátua chegou no auge de seu desenvolvimento quando Cristo esteve na terra - Roma, e é neste quarto reino que os pés e os dedos formados por uma mistura de ferro e barro. Justamente será no reino dos pés e dos dedos de barro que o Reino da Pedra atingirá a estátua.
A segunda referência profética, proposta por John Dwight Pentecost está em Daniel 7.
''Enquanto Daniel 2 a história dos impérios mundiais é vista da perspectiva do homem, em Daniel 7 é vista da perspectiva divina, por meio da qual os impérios aparecem não como uma imagem gloriosa e atraente, mas como quatro bestas vorazes e selvagens, que devoram e destroem tudo á sua frente e, por conseguinte, são dignas de julgamentos.''
Pentecost segue a mesma linha de interpretação da maioria, para as partes da estátua de ouro do capítulo 2:
1. Cabeça de ouro é a representação da Babilônia - Império Babilônio.
2. O peitoral e os braços de prata é a representação da Pérsia. Império Medo - Persa.
3. Ventre de bronze é a representação da Grécia - Império Grego.
4. As pernas de ferro é a representação de Roma - Império Romano.
5. Os pés e os 10 dedos de ferro e barro é a representação do governo gentílico na Grande Tribulação - Anticristo.
Quanto aos animais do capítulo 7, Pentecost segue a mesma linha:
1. O leão com as asas arrancadas, um símbolo da Babilônia. Esse Império perdeu a sua força, mesmo tendo um coração humano, mas ainda era um animal.
2. O urso é a representação do Império Medo-Persa. Uma pata que levantada, era o elemento persa que era mais forte que o medo. As três costelas na boca, porque Susiana, Lídia e a Ásia Menor tinham sido conquistadas por esse poder.
3. O leopardo com suas quatro asas e quatro cabeças, é o retrato do Império Greco-Macedônio. As quatro asas representam a agilidade, e as quatro cabeças representam a divisão deste Império: Síria, Egito, Macedônia e Ásia Menor.
4. O quarto animal é o Império Romano. Este é terrível em seus aspectos, amedrontador e excepcionalmente forte. Este animal tem dentes de ferro para devorar, despedaçar e esmagar, e os seus dez chifres, e entre eles nasce um pequeno chifre com olhos semelhante aos olhos de um homem, e uma boca que fala muitas coisas.
Uma junça com as partes da estátua do capítulo 2 com os animais do capítulo 7 nos dá esta visão na mente:
1. A cabeça de ouro e o leão com as asas arrancadas ambos representando a Babilônia.
2. O peitoral e os braços de prata e o urso representando os Medos-Persas.
3. Ventre de bronze com o leopardo são a Grécia.
4. As pernas de ferro e o terrível animal uma alusão á Roma.
Os pés e os 10 dedos de barro e farro com os dez chifres do quarto animal será a forma do Último Poder Gentílico.
O chifre pequeno que tinha olhos e uma boca que falava é uma simbologia do anticristo que irá surgir dos 10 chifres. Esse poder se manifestará durante o período Tribulacional.
As partes da estátua e seus materiais, os metais vem caindo em sua valorização, do ouro ao ferro.
O barro misturado com o ferro, mistura essa que é inadequada. Quanto aos animais, eles nos falam do caráter animalesco e moral destes Impérios:
1. O leão devora.
2. O urso esmaga.
3. O leopardo salta sobre a sua presa.
4. E o quarto animal é o que despedaça tudo que vê pela frente.
Pentecost fecha da seguinte forma:
''Assim, as Escrituras revelam que, do tempo de Daniel até o tempo em que Jerusalém receberá liberdade do domínio gentílico, na segunda vinda de Cristo, quatro grandes impérios surgirão e cairão.''
IV- OS ANOS DA GRANDE TRIBULAÇÃO:
Em outros artigos já tratamos que o período da Grande Tribulação irá durá sete anos. Esse período foi designado para Israel, mas também serão os últimos sete anos dos tempos dos gentios, uma vez que o término dos dois está de acordo com a profecia de Daniel 9.24-27.No período Tribulacional, é o tempo em que o desenvolvimento do plano profético dentro dos tempos dos gentios chegará em sua conclusão. Esse plano para os gentios tem forte influência no plano escatológico.
Nisto, Dwight Pentecost esboça esse período dos gentios nos Últimos Dias, de acordo com Daniel:
''1) Haverá uma reorganização das nações para constituir forma final do quarto império mundial. Esse império será ferido pela ''pedra'' (Daniel 2.35); será composto de dez partes diferentes (Daniel 2.33; 7.7): terá uma cabeça, que, ao ascender, faz cair três cabeças de estado já existentes (Daniel 7.8).
2) A cabeça desse império será um blasfemador (Daniel 7.8,25), um perseguidor dos santos (Daniel 9.25) que continuará por três anos e meio (Daniel 7.25) como inimigo especial de Deus e do plano de Deus para com Israel.
3) Essa cabeça do império fará com Israel uma aliança para restaura-lhe a soberania (Daniel 9.27), a qual será quebrada (Daniel 9.27).
4) Esse líder invadirá a Palestina (Daniel 11.41) e estabelecerá ali a sede do seu governo (Daniel 11.45).
5) Ele será julgado no retorno do Senhor (Daniel 7.11,26).
6) A destruição desse líder e de seus exércitos redimirá Jerusalém do domínio gentílico (Daniel 7.18,22,27).
7) Essa libertação acontece por ocasião da segunda vinda do Messias (Daniel 7.13;2.35).
Tivemos uma abordagem geral sobre o Plano Profético dos Gentios, e isso foi necessário para que possamos compreender o que iremos estudar daqui para frente. Sem essa abordagem, seria difícil compreender as etapas que veremos adiante.
No próximo artigo iremos abordar como será a FORMA FINAL DO PODER MUNDIAL GENTÍLICO.
FONTE: Manual de Escatologia.
AUTOR: John Dwight Pentecost
EDITORA: Vida.