ISRAEL NA TRIBULAÇÃO - PARTE VI

A IDENTIDADE DA MULHER DE APOCALIPSE 12 - FINAL

INTRODUÇÃO:

Chegamos ao final do nosso tema, embora ainda se pode explorar o assunto. Nosso objetivo é procurar levar um princípio no entendimento onde o leitor poderá construir seu ''edifício'' escatológico quanto a questão.

Como vimos anteriormente, aplicar a ''Mulher'' a nação de Israel é sem dúvidas a interpretação que fica mais adequada com a narrativa bíblica. Israel nos trouxe o ''Filho varão que reinará'', e a própria nação enfrentará o seu maior ataque satânico de sua história, porém debaixo da proteção de Deus por ''1260 dias no deserto''. Período esse que corresponde a segunda fase da Grande Tribulação.

Portanto vamos concluir nosso artigo, ressaltando que o tema poderá ser explorado pelo leitor.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Pentecost alude para o texto de Romanos 9.4,5 onde é relatado pelo apóstolo Paulo que o ''Cristo descendeu de Israel, segundo a carne''. O ''filho varão'' pode ser identificado com certeza, uma vez que Israel é que ''dá a luz o filho varão''. Outra razão para que essa ''Mulher'' deve ser identificada como Israel.

Outro ponto importante são os 1260 dias. O mesmo aparece na passagem duas vezes, uma menção dos três anos e seis meses (Apocalipse 12.6,14). Isso discorre a segunda metade da Septuagésima Semana de Daniel (Daniel 9.24-27). Lembrando que essa profecia de Daniel declara especificamente o povo de Daniel e a cidade do profeta.
Os termos usados nas profecias em períodos de ''1260 dias, ou 42 meses, ou três anos e meio, ou um tempo, dois tempos e metade de um tempo'', sempre se refere á Israel e a um período do tratamento divino com aquela nação.

Podemos ainda considerar a referência que o texto em analise faz sobre Miguel (Apocalipse 12.7). Em Daniel 12.1 ele é o grande príncipe, o defensor dos filhos do povo do profeta. Esse arcanjo está unido com o destino da nação de Israel por essa palavra do Senhor a Daniel.
Em Apocalipse 12 ele aparece novamente com referência á batalha no céu. Já que ele surge em cena, isso nos mostra que Deus está novamente lidando com a nação israelita e o seu destino está em jogo.
Pentecost cita a  conclusão de Moorehead:

''Em 11.9 lemos: ''Abriu-se, então o santuário de Deus, que se acha no céu, e foi vista a arca da Aliança no seu santuário''. Isso é assunto estritamente judeu; o templo, a arca, a aliança pertencem a Israel, representam  os relacionamentos hebraicos  com Deus e os privilégios hebraicos. O Espírito agora trata de coisas judaicas - posição, aliança, esperanças, perigos, tribulações e triunfo hebraico''.

Não há outro caminho a seguir na interpretar bíblica de Apocalipse 12, a não ser em admitir que a ''Mulher'' não pode ser ninguém senão Israel, com quem Deus firmou Suas alianças, e a quem essas alianças serão cumpridas.

A partir do próximo artigo vamos trabalhar com uma série de artigos sobre o Remanescente Fiel.

FONTE: Manual de Escatologia.
AUTOR: John D. Pentecost.
EDITORA: Vida.