A CAMPANHA DO ARMAGEDOM - PARTE II
A INVASÃO PELA CONFEDERAÇÃO DO NORTE - PARTE 2
INTRODUÇÃO:
Depois de fazer uma análise dos acontecimentos previstos para a Última Semana de Daniel, e entre eles a invasão que está prevista naqueles sete anos de Tribulação. Uma invasão que ocorrerá contra a nação de Israel que já estará com o acordo com o líder do império romanos revivido nos Últimos Dias já assassinado. Essa invasão será por meio de nações que nas Escrituras foram chamadas de Confederação do Norte, tendo, isso aceito pela maioria, a Rússia como a cabeça dessa invasão, junto com outras nações invadirão á terra prometida. Será bom que o leitor (a) leia o artigo anterior para compreender o assunto.
(https://aperfeicoandosantos.blogspot.com/2021/01/serie-escatologica-camapanha-do_11.html).
Dando continuidade neste assunto, no artigo de hoje vamos concentrar nossas atenções para o tempo em que ocorrerá essa invasão e o tempo aos acontecimentos específicos dessa invasão.
I- IDENTIFICANDO O TEMPO EM GERAL:
Esse é o primeiro problema que precisa ser resolvido, o tempo que essa invasão acontecerá.
Em primeira mão, vale salientar, que essa invasão nunca ocorreu no passado histórico da nação de Israel. Israel sofreu várias invasões em sua história como nação. Mas, a partir dos detalhes apresentados nos capítulos 38 e 39 de Ezequiel, até hoje, Israel nunca experimentou conforme a descrição dessa profecia. Logo, tal profecia cumprir-se á no futuro da história dos judeus.
Consideraremos uma série de apoio a essa visão:
1. O contexto do livro . O capítulo 37 lida com a reintegração da nação de Israel á sua terra. Ela é retratada como um processo gradual, pois o profeta a vê como um osso sendo juntado ao outro, amarrados por tendões e revestido por pele. É uma reunião em meio á incredulidade, pois o profeta observa que não existia vida na carcaça reunida (v.8). O capítulo 40 nos leva á era milenar. Desse modo, os movimentos de Gogue e Magogue ocorrem, conforme o contexto, entre o início da reintegração de Israel á sua terra e a era milenar.
2.Declarações específicas desse trecho. Há duas referências ao elemento de tempo no capítulo 38. Ele ocorrerá ''depois de muitos dias'' (v.8) e ''nos últimos dias'' (v.16). Isso se refere especificamente aos últimos dias e á obra de Deus com a nação de Israel, que, por ocorrer antes da era milenar (cap.40), deve passar-se durante o trato de Deus com Israel na septuagésima semana da profecia de Daniel.
3. Será depois do início da restauração, pois Israel já estará habitando sua própria terra (38.11). Isso indicaria que tal acontecimento ocorre depois da aliança feita pelo ''príncipe que virá'' de Daniel 9.27.
4. Estará ligado á conversão de Israel, que é obviamente futura, pois a destruição do invasor é um sinal de que a nação deve abrir os olhos para o Senhor (39.22). Visto que a retirada definitiva da cegueira não chega a essa nação até a segunda vinda, essa profecia deve ter uma relação definida com aquele advento.
5. A indicação de que a terra será reflorestada (39.10) confirma essa conclusão, pois Israel sempre dependeu de outras fontes para obter madeira.
Tal profecia só poderá ser cumprida no futuro, quando Deus estará tratando diretamente com a nação de Israel. Isso aponta para os dias da Última Semana de Daniel.
II- EM RELAÇÃO A ACONTECIMENTOS ESPECÍFICOS:
Essa invasão apresentada em Ezequiel está relacionada com quase todos os grandes acontecimentos proféticos. Devemos fazer um exame para podermos apurar com máximo de cuidado possível para ver quando isso acontecerá.
1. Alguns defende, primeiramente , que a invasão ocorre antes do arrebatamento da igreja. David L. Cooper tem tal posição quando diz:
''...é absolutamente impossível alguém localizar o cumprimento dessa previsão após a era milenar. Ele não pode ser colocado no início do milênio, nem no fim da tribulação. Deve estar, consequentemente, antes da tribulação porque não outro lugar em que ele possa ocorrer, visto que as três outras datas sugeridas são impossíveis.
[...] haverá uma hora entre o presente e o início da tribulação na qual os judeus estarão habitando na terra das cidades sem muros e estarão em paz.''
Algumas objeções são apresentadas á essa posição:
A) O ensino do Novo Testamento sobre a iminência do arrebatamento impossibilita que um acontecimento como esse tenha de ser cumprido antes.
B) O contexto da própria profecia declara que acontecerá ''depois de muitos dias'' (v.8) e ''nos últimos dias'' (v.16). Já que essa profecia é voltada para Israel, os seus anos e dias é que devem estar sendo mencionados na profecia. Já que Israel e a igreja são dois grupos distintos com quem Deus trata, é impossível aplicar os últimos anos de Israel aos últimos anos da igreja.
C) Até onde podemos verificar, Israel não possuirá a terra e nem terá o direito de retornar até que o ''príncipe que há de vir'' com ele faça aliança (Dn 9.27). Israel estará fora da terra, e Jerusalém será pisada pelas nações até que se cumpra o tempo dos gentios (Lc 21.24). Seria necessário, segundo essa teoria, afirmar que a aliança que dá a Israel a uma falsa segurança tenha sido feita antes do arrebatamento, ou o tempo dos gentios termina com o arrebatamento.
Tal não é o que a Palavra indica.
2. Outros ensinam, em segundo lugar, que a invasão acontecerá no final da tribulação. Muitos estudiosos da Bíblia adotam essa interpretação.
Algumas dificuldades impossibilita que aceitamos tal posição:
A) O trecho de Ezequiel não menciona uma batalha. A destruição vem pelas mãos do Senhor, mediante uma convulsão da natureza (38.20-23). Mesmo que se provasse que a espada do versículo 21 é uma nação, é o Senhor que aparece como agente dessa destruição, em lugar de uma destruição bélica. Na conflagração do Armagedom haverá uma grande batalha entre o Senhor e suas tropas e as nações reunidas, da qual o Rei dos Reis surge como vencedor.
B) Em Ezequiel a invasão é comandada pelo o rei do Norte, com seus aliados, que possuem número limitado. Em Zacarias 14 e Apocalipse 19 todas as nações da terra estão reunidas para a conflagração.
C) Em Ezequiel a destruição ocorre nas montanhas de Israel (39.2-4). Os acontecimentos de Armagedom ocorrerão em Jerusalém (Zc 12.2; 14.2), no vale de Josafá (Jl 3.12) e em Edom (Is 63.1).
D) Em Ezequiel, Israel estará habitando sua terra em paz e segurança (38.11). Sabemos que, em Apocalipse 12.14-17, Israel não habitará em paz e segurança durante a última metade da septuagésima semana, mas será o principal alvo do ataque de satanás.
Assim, por esse modo, concluímos que essa invasão não pode ser identificada com os acontecimentos de Zacarias 14 e de Apocalipse 19 no final da tribulação.
3. Outros defendem ainda que a invasão acontecerá no início do milênio. Arno C. Gaebelein, apoia essa posição:
''Quando acontecerá a invasão? Encontramos a resposta no texto. O versículo 8 declara que Gogue e Magogue e outras nações conjuntamente invadirão a terra ''que se recuperou da espada, ao povo que se congregou dentre muitos povos'', eles vêm ''sobre os montes de Israel [...]'' Através de tudo isso, aprendemos que a invasão ocorre na hora em que o Senhor tiver tomado Seu povo de volta e restabelecido Seu relacionamento com o restante de Israel.
A invasão acontecerá algum tempo depois de o império da besta ser destruído [...] e de o falso profeta, o anticristo [...] terem sido julgados.
[...] Miquéias nos diz: ''Este (Cristo) será nossa paz. Quando a Assíria vier a nossa terra'' (5.5). Tudo isso confirma a história de Ezequiel 38.
Ainda que as passagens mencionadas pareçam comprovar a tese que foi declarada acima, há, porém alguns argumentos que tal explicação se torna impossível. Eis os argumentos:
A) Ezequiel diz que a terra será poluída por cadáveres por sete meses (39.12). Tal cena parece impossível em vista da purificação que será realizada no retorno do Messias.
B) Jeremias 25.32,33 afirma que o Senhor destruirá todos os ímpios da terra no Seu retorno. Isso é ampliado em Apocalipse 19.15-18. Parece impossível imaginar que tamanha multidão , como descrita em Ezequiel, escapa á destruição na Sua vinda e logo em seguida O enfrente.
C) Em Mateus 25.31-46 todos os gentios são levados perante o juiz para saber quem entrará no milênio. Visto que nenhum descrente, quer judeu, quer gentio, entrará nesse reino, é impossível imaginar tal apostasia dos salvos que pudesse cumprir a profecia de Ezequiel.
D) Isaías 9.4,5 prevê a destruição de todas as armas de guerra depois do início do milênio. Onde os exércitos do rei do Norte guardariam suas armas á luz dessa predição?
E) Isaías 2. 1-4 declara que as guerras terminarão com a Vinda de Cristo e a instituição do milênio.
F) De acordo com Apocalipse 20.1-3, satanás será preso no início do milênio, e, assim, não estará ativo para gerar tal movimento contra Israel.
G) Deus está começando a tratar com Israel no início da septuagésima semana depois da translação da igreja. Essa nação está sendo trazida á sua terra (Ez 38.11; 37.1-28), apesar de sua descrença, a fim de preparar a nação, pela disciplina , para a vinda do Messias. Desse modo, Miqueias pode dizer corretamente que ''este (Cristo) será a nossa paz. Quando a Assíria vier á nossa terra'' (5.5), apesar de esses acontecimentos só acontecerão antes da segunda vinda de Cristo. A profecia de Miquéias não torna necessária a presença de Cristo, mas promete Sua proteção.
Daremos continuidade no próximo artigo.
FONTE: Manual de Escatologia.
AUTOR: J.D. Pentecost.
EDITORA: Vida.
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