A CAMPANHA DO ARMAGEDOM - FINAL

A INVASÃO PELOS EXÉRCITOS DA BESTA

INTRODUÇÃO

Nos artigos anteriores demos uma atenção para a questão relacionada á profecia dirigida para Gogue e Magogue em Ezequiel 38 e 39. Esse acontecimento está dentro do programa da Tribulação. Uma invasão liderada pelos exércitos do Norte, tendo a Rússia como líder dessa confederação. Essa invasão acontecerá num momento de transição para os judeus, no tempo quando Israel estiver gozando de paz, mas será uma falsa paz com uma falsa segurança. Uma vez que isso será oriunda do falso acordo de paz com o cabeça do Império Romano nos últimos dias. A invasão pela confederação do norte irá trazer o anticristo e seus exércitos em defesa de Israel, já que ambos terá um acordo de paz assinado.

O profeta Daniel viu essa invasão e a apresentou no capítulo 10.40b-45:

... e entrará nas suas terras, e as inundará. e passará. Entrará também na terra gloriosa, e muitos sucumbirão, mas do seu poder escaparão estes: Edom e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom. Estenderá  a mão também contra as terras, e a terra do Egito não escapará. Apoderar-se-á dos tesouros de ouro de de prata e de todas as cousas preciosas do Egito; os líbios e os etíopes o seguirão. Mas, pelos rumores do oriente e do norte, será perturbado e sairá com grande furor, para destruir e exterminar a muitos. Armarás as suas tendas palacianas entre os mares contra o glorioso monte santo, mas chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra.

Fica difícil saber quais as atividades as nações terão nesse capítulo. Alguns acreditam que essa invasão é a do rei do Norte e do rei do Sul. Mas no versículo 36, é introduzido o ''rei segundo a sua vontade'', anteriormente descrito como o anticristo, e suas atividades parecem ser esboçadas da seguinte maneira: os versículos 40-45 não podem estar fazendo referência ás atividades das forças combinadas dos reis do Norte e do Sul, pois os pronomes ''eles'' teria sido usado. Já que ''ele''' é usado, o trecho deve dizer respeito ás próximas atividades do ''rei segundo a sua vontade''. Peter comenta sobre isso:

''E entrará nas suas terras'' - essa talvez seja a oração que tem provocado maior dificuldade entre os críticos, dada a súbita transição de uma pessoa para outra. Se nós confinássemos a essa profecia, seria impossível, pela linguagem, concluir qual rei entrará nesses países; se o rei do Norte, ou do Sul, ou do Império Romano, mas não somos deixados á mercê de conjecturas sobre esse assunto. O rei que é vitorioso na hora do fim pode ser identificado em Daniel 2 e 7 e em Apocalipse 17 como a quarta besta, o poder romano. Usando outras profecias como intérpretes, o pronome ''ele'' se refere ao poder romano sob o seu último líder, que invadirá outros países, implicando que o rei do Sul e o rei do Norte não obtiveram sucesso contra eles''.

Aqui podemos ver várias situações a respeito dos movimentos militares dessa invasão:

1)  Começa quando o rei do Sul se voltará contra a aliança anticristo-falso profeta (Daniel 11.40), o que ocorrerá no tempo do fim.

2) A confederação do Norte aliar-se-á ao rei do Sul e atacará a besta com uma grande força terrestre e marítima (Daniel 11.40). Jerusalém será destruída por consequência desse ataque (Zacarias 12.2), e os exércitos da confederação do norte, por sua vez, serão destruídos (Ezequiel 39; Zacarias '12.4).

3) Todos os exércitos do anticristo entrarão na Palestina (Daniel 11.41) e conquistarão o território (Daniel 11.41,42). Edom, Moabe e Amom escaparão . É evidentemente, nessa hora que a aliança de Apocalipse 17.13 será formada.

4) Enquanto estiver estendido seu domínio ao Egito, uma notícia alarmante será levada a besta (Daniel 11.44). Poderá ser a notícia da aproximação dos reis do Leste (Apocalipse 16.12), que se reunirão, por causa da destruição da confederação do Norte, a fim de desafiar a autoridade do anticristo.

5) O anticristo irá transferir seu quartel-general para a Palestina e lá reunirá seus exércitos (Daniel 11.45).

6) Lá ocorrerá a sua destruição (Daniel 11.45).

I- A INVASÃO PELOS EXÉRCITOS DO LESTE:

A situação vai afunilando e a Campanha vai chegando ao seu ponto crucial. Em Apocalipse 16.12 nos é revelado que alguns acontecimentos  sobrenaturais acabarão eliminando aquilo que evitará  que os poderes asiáticos de entrar na região da Palestina para desafiar a autoridade da besta. Voltamos novamente para Walvoord quando comentou sobre isso:

''O ressecamento do Eufrates é um prelúdio do ato final do drama, não o próprio ato. Devemos concluir, então, que a interpretação mais provável do ressecamento do Eufrates é que por um ato de Deus seu escoamento será interrompido como aconteceu  ás águas do Mar Vermelho e do rio Jordão. Dessa vez o caminho não será aberto para Israel, mas para os que são referidos como reis do Leste [...] A evidência aponta então para uma interpretação literal de Apocalipse 16.12 em relação ao Eufrates.''

Não temos como identificar as forças representadas pelos reis do Leste, não podemos confirmar com certeza. Mas isso nos leva ao último estágio da campanha do Armagedom. Elas serão levadas em direção ás planícies de Esdrelom, a fim de travar combate com os exércitos da besta.

II- A INASÃO DO SENHOR E SEUS EXÉRCITOS:

Com a destruição do Rei do Sul pelos exércitos do anticristo e com a confederação do Norte destruída pelo Senhor nas montanhas de Israel, encontramos duas forças no campo de batalha - os exércitos da besta e os exércitos dos reis do Leste. Antes que essa batalha possa ser travada aparecerá nos céus um sinal, o sinal do Filho do homem (Mateus 24.30). Seu sinal não é revelado, mas seu efeito será. Ele fará com os exércitos abandonarão a hostilidade mútua e unirão contra o próprio Senhor. João diz: ''Eu vi a besta e os reis da terra, com seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo e contra o seu exército'' (Apocalipse 19.19). Tal será o cenário das hostilidades finais apresentadas em Zacarias 14.3; Apocalipse 16.14; 17.14; 19.11-21. Nessa ocasião os exércitos do anticristo e do Leste serão destruídos pelo Senhor (Apocalipse 19.21).

Ao examinar toda a campanha de Armagedom, observamos os seguintes resultados:

1) Os exércitos do Sul serão destruídos na Campanha.

2) Os exércitos da confederação do Norte serão destruídos pelo Senhor.

3) Os exércitos do anticristo e do Leste serão destruídos pelo Senhor na Segunda Vinda.

4) A besta e o falso profeta serão lançados no lago de fogo (Apocalipse 19.20).

5) Os incrédulos serão eliminados de Israel (Zacarias 13.8).

6) Os crentes serão purificados graças a essas invasões (Zacarias 13.9).

7) Satanás será preso (Apocalipse 20.2).

Dessa maneira, o Senhor destruirá todas as forças hostis que desafiarão Seu direito de reinar como Messias sobre a terra.

CONCLUSÃO:

Com a Campanha do Armagedom se encerrará todo nosso estudo sobre a Grande Tribulação, e já iniciaríamos as profecias relacionadas a Segunda Vinda. Mas ainda precisamos trazer um entendimento sobre o relacionamento da Igreja com a Grande Tribulação, já vimos nesse blog quais acontecimentos estarão acontecendo com a Igreja após o Arrebatamento, como o julgamento do Bema de Cristo e as Bodas do Cordeiro. Mas se faz necessário entendemos essa relação da Igreja com a Tribulação. Isso faremos a partir do próximo artigo.

FONTE: Manual de Escatologia.

AUTOR: J. Dwight Pentecost.

EDITORA: Vida