O REINO ETERNO - IX

O ESTADO ETERNO EM APOCALIPSE 21.9 A 22.7 


INTRODUÇÃO:

Caminharemos agora com esse artigo para o final do nosso assunto sobre a questão do Estado Eterno em Apocalipse 21.9 a 22.7 como também toda a nossa série Eternidade.

Neste artigo iremos concentrar nossa atenção com respeito as nações na Eternidade.

A EXISTÊNCIA DAS NAÇÕES NA ETERNIDADE

Newell defende essa posição amplamente que a passagem supracitada descreve a eternidade, e sobre a interpretação das ''nações'' em Apocalipse 21.24-26, afirma:

''No capítulo 21.3, em que lemos que o tabernáculo de Deus finalmente está entre os homens, também lemos que s''eles serão povos de Deus'' (grego laoi). É incrível ver homens esclarecidos traduzindo o plural laoi, quase deliberadamente, como se fosse laos [...] A Versão Revista [em inglês] [...] traduz verdadeira e claramente ''Eles serão povos de Deus'', e assim nos prepara para evitar a suposição impossível de que 21.9 a 22.5 seja uma passagem que reverte a cenários milenares.
Sabemos com certeza que pelo menos uma nação e uma descendência, ISRAEL, terá o direito de estar na terra [...] Isaías 66.22 [...] Deus diz que ''a descendência e o nome'' de Israel permanecerão nos céus e na terra, isto é, nessa nova ordem, que começa em Apocalipse 21.1 [..]
Israel é a nação eleita de Deus - eleita não para o passado, nem mesmo por todo o milênio, mas para sempre. Porém, se Israel é a nação eleita, pressupõe-se a existência de outras nações!...
Mas o fato de que essa existência nacional não cessará é demonstrada claramente pelo versículo 26 [de Sofonias 3]: ''Naquele tempo, eu vos farei voltar e vos recolherei; certamente, farei de vós um nome e um louvor entre todos os povos (plural!) da terra''.
Finalmente, a linguagem dos cinco primeiros versículos do capítulo 22 de Apocalipse, e especialmente dos versículos 4 e 5, é tão eterna em seu caráter quanto qualquer outra coisa no início do capítulo 21. ''Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele [...] e reinarão pelos séculos dos séculos''. Por que tais afirmações estariam ligadas a uma passagem que deveria simplesmente retomar e descrever as condições milenares? Isso seria incongruente. Além disso, não é correto, cremos que as Escrituras voltem depois de o último julgamento ser realizado, e de a nova criação ser introduzida, aos tempos antes desse último julgamento e da nova criação''

Vejamos ainda o argumento de Kelly concernente a existência eterna de Israel como a continuidade das nações:

''...Em Isaías 65 um novo céu e uma nova terra foram anunciados: mas de maneira muito diferente! Ali a linguagem deve ser considerada num sentido muito restrito [...] é dito sobre o Senhor: ''Ele reinará sobre a casa de Jacó para sempre, e o reino não terá fim''. Essa é uma esperança do Antigo Testamento, apesar de mencionada no Novo Testamento, e significa, logicamente, que Ele reinará sobre a casa de Jacó enquanto ela existir como tal na terra. Quando a terra desaparecer e Israel não for mais visto como nação, os israelitas serão abençoados, sem duvida, de maneira diferente e melhor; mas não haverá reinado de Cristo sobre eles como um povo terreno; e então esse reino, ao mesmo tempo que não tem fim enquanto a terra subsiste, deve necessariamente estar limitado á continuidade da terra [...] O Novo Testamento usa a frase total e absolutamente, como um estado sem fim; mas no Antigo Testamento ela está ligada ás relações terrenas sobre as quais o Espírito Santo falava naquele momento.''

DOIS PONTOS EM DUAS DIREÇÕES:

Quando olhamos para a posição de Neweell podemos perceber que seu maior apoio se encontra em Mateus 25.34, onde os gentios salvos herdam um reino preparado para eles desde a fundação do mundo. Uma vez que os gentios herdam a vida (Mateus 25.46), e deve ser a vida eterna. Logo, indicaria que os indivíduos serão salvos, terão a vida eterna e ainda sendo distintos de Israel.

Esses são os argumentos usados por quem defende a posição de que a passagem de Apocalipse 21.9 a 22.7 trata das eras eternas, e não a era milenar. Esses fortes argumentos foram apresentados por homens respeitáveis que, por sua vez, foram contestados por homens igualmente respeitáveis em suas diferentes opiniões.

Quando olhamos para ambas posições, vemos uma solução para o problema? Quando examinamos algumas das afirmações relacionadas á Nova Jerusalém nos ajuda a chegar a uma conclusão.

Próximo artigo abordaremos sobre á morada eterna dos santos ressurrectos durante o Milênio.

FONTE: Manual de Escatologia.
AUTOR: J. D. Pentecost.
EDITORA: Vida.




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