O REINO ETERNO -XIII

 

O ESTADO ETERNO EM APOCALIPSE 21.9 A 22.7

A RELAÇÃO DA JERUSALÉM CELESTIAL COM O MILÊNIO:

Ao unir-se em casamento com Seu Noivo, a Igreja estará instalada por Ele preparado, jamais será retirada de lá. Isso no seu estado eterno a partir do arrebatamento.

Na Segunda Vinda, o Senhor retornará com Sua noiva para reinar, Sua morada não ficará vazia por mil anos. Essa morada será transferida do Céu para uma posição acima da Terra. Foi assim que João viu a ''cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus''.

Ela permanecerá no ar acima da Terra, aos santos da Igreja serão acompanhados pelos santos do Antigo Testamento, ali vivificados e estabelecidos.

A quantidade de escritores que vêem a Cidade como morada da Igreja durante o Milênio é vasta:

Jennings:

''...recuamos mil anos, mesmo das fronteiras da eternidade, para examinar mais cuidadosamente do que antes, a Noiva, a esposa do Cordeiro e a sua relação com a terra durante o milênio.''

Scott:

''Após uma alusão passageira ao reino milenar de Cristo e a Seus santos celestiais (cap. 20.4-6), somos levados de volta de uma consideração do estado eterno para uma descrição para uma descrição extensa da Noiva, a esposa do Cordeiro, em sua relação milenar com Israel e com o mundo em geral.''

Kelly:

''Assim, se tivemos a noiva em relação ao Cordeiro no capítulo 19 e com a santa cidade, Nova Jerusalém, em relação ao estado eterno, o versículo 9 e os versículos seguintes desse capítulo que, durante o intervalo entre as bodas do Cordeiro e o novo céu e a nova terra no estado eterno, ela tem um lugar muito abençoado aos olhos de Deus e dos homens. É a demonstração da igreja durante o milênio.''

E mais:

''Todo o registro, desse versículo 9 do capítulo 21 até o versículo 5 do capítulo 22 inclusive, apresenta a relação da cidade celestial com a terra durante o milênio.''

Embora que a terra não estará no seu estado eterno, e apesar de ser necessário que o Rei governe com cetro de ferro e apesar de haver uma rebelião contra a autoridade do Rei (e contra que Luz eles pecarão!), a igreja está no seu estado eterno, gozando da sua comunhão eterna e dos frutos da sua salvação.

Será nesta Cidade Celestial que a Igreja reinará com o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Não é a eternidade, mas a Igreja e os redimidos de todas as eras já estarão no estado eterno.

Kelly resumiu muito bem seu pensamento:

''Lembre-se bem disso, no entanto, que se olharmos para a cidade celestial em si, ela é eterna. Fará pouca diferença á cidade se for vista no milênio ou no estado eterno que o sucede. Há duas descidas da cidade no capítulo 2, uma no início do milênio e outra no começo do estado eterno. O segundo versículo desse capítulo nos dá sua descida quando o estado eterno chegou, e  o versículo 1-, sua descida para o milênio. A razão, creio eu, é que no fim do milênio o antigo céu e a antiga terra acabam; e naturalmente a cidade desapareceria do cenário da convulsão. Assim, quando a nova terra surgir á nossa vista, a cidade celestial descerá novamente e tomará seu lugar permanente nos novos céus e na nova terra, nos quais habitará a justiça. É necessário afirmar isso; porque, embora no fim dos mil anos tudo venha a ser mudado, mesmo assim a cidade celestial durará para sempre.''

Para alguns que fazem objeções pelo fato que o Israel ressurrecto não tem parte com a Igreja, mas é destinado a permanecer na terra e não num relacionamento intimo com Cristo e a Igreja, fazemos essas observações:

1. A primeira ressurreição incluirá não apenas ''os que estão em Cristo'' (1 Tessalonicenses 4.16), ''mas os que são de Cristo.'' (1 Coríntios 15.23).

2. O destino dos patriarcas salvos e dos ''justos aperfeiçoados'' (Hebreus 12.23) é descrito como sendo a Nova Jerusalém, onde só é possível entrar mediante a ressurreição.

3. Os santos do Antigo Testamento não estão sujeito á disciplina do Rei.

4. Os santos do Antigo Testamento reinarão no Milênio (Apocalipse 20.3), assim como a Igreja (Apocalipse 3.21), e poderão reinar da cidade celestial, visto que ela está relacionada com a terra e está na esfera da terra, apesar de não estar na terra. Não haveria restrição que impedisse de ir e vir quando quiserem.

Podemos concluir que durante o Milênio, a Cidade Celestial entrará num relacionamento com a Terra, embora não esteja fixa na terra.

Os santos ressurrectos de todas as eras viverão nessa Cidade em seu estado eterno e possuirão as bênçãos eternas, embora essas  coisas não estejam acontecendo com a situação da terra propriamente dita.

No próximo artigo abordaremos a Cidade com o Estado Eterno.

FONTE: Manual de Escatologia.

AUTOR: J.D. Pentecost.

EDITORA: Vida.