O MILÊNIO - PARTE VIII
O CONCEITO DO REINO NO NOVO TESTAMENTO - PARTE IV
INTRODUÇÃO:
Anteriormente havíamos tratado sobre a legitimidade da Oferta do Reino Teocrático que foi oferecida na Primeira Vinda e a sua relação com a Mensagem da Cruz. Mesmo que a Morte de Cristo viria primeiro do que Sua Glória, o Reino não deixou de ser oferecido por Cristo como foi visto nos artigos anteriores.
Mas se faz necessário trazer mais lucidez sobre esse assunto, e iremos corroborá-lo tendo agora o nosso foco para dentro do Livro de Mateus. A estrutura desse Evangelho nos ajudar a compreender melhor com respeito ao Reino que foi oferecido aos judeus, e por conseguinte a sua rejeição.
O REINO TEOCRÁTICO EM MATEUS:
Todos sabemos que o Evangelista teve como propósito em apresentar Jesus Cristo como o Messias das Profecias e das Alianças da Antiga Aliança. Outro ponto importante é que Mateus ainda apresenta uma rejeição nacional ao Rei prometido e ao Reino que lhes fora oferecido. E tal rejeição foi oficialmente registrada no Livro. Quando analisamos o Evangelho escrito por Mateus, expomos esse argumento, já que o mesmo tem essa extrema relação de importância com todo o Conceito e Plano de Reino.
Surgem três principais movimentos no Evangelho:
1. Apresentação e a Legitimidade do Rei (Mateus 1.1-11.1).
2. A Oposição ao Rei (Mateus 11.2-16.12).
3. A Rejeição Definitiva do Rei (Mateus 16.13-28.20).
Apresentamos a legitimidade do Rei por Mateus que dedica como primeira divisão do seu evangelho. Apresentação de Mateus de Jesus como Messias de Israel foi dividida em seções (Mateus 1.1-11.1):
1. Na primeira seção Mateus apresenta o Rei de Israel (Mateus 1.1-4.11):
a) A chegada do Rei (1.1-2.23).
b) Sua linhagem (1.1-17).
c) Seu direito ao Trono (1.18-2.23).
d) Seu direito legal ao Trono por meio do Seu nascimento virginal.
e) O nome que lhe fora dado ao nascer (1.24,25).
f) Sua infância (2.1-23).
g) Sua primeira rejeição pelos judeus (2.13-15).
h) O embaixador do Rei (3.1-12).
i) O Rei aprovado no batismo (3.13-4.11).
j) A vitória do Rei sobre satanás e sobre a Tentação (4.1-11).
O leitor pode observar que as Escrituras proféticas se cumpriram nessa primeira seção apresentada por Mateus, dando a Cristo a legitimidade de que Ele é o Rei prometido das Escrituras que eram conhecidas pelos judeus em Sua época.
2. Nessa segunda seção, Mateus registra:
a) As proclamações do Rei (4.12-7.29).
b) Sua autoridade real é capaz de levar os homens á obediência (4.12-22).
c) O Rei apresenta Suas credenciais (4.23-25).
d) Os pronunciamentos do Rei (5.1.7-29).
e) Os súditos do Reino são descritos (5.1.16).
f) Seu relacionamento com a Lei (5.17-20).
g) As falsas interpretações são expostas (5.21-48).
h) As falsas praticas são expostas (6.1-7.6).
i) Os que desejam entrar no Reino recebem instruções sobre oração (7.1-11)
j) A verdadeira justiça (7.12).
l) O acesso ao Reino (7.13,14).
m) Agora os falsos mestres são expostos (7.15-23).
n) E os dois alicerces (7.24-29).
Em suma a Constituição do Reino é apresentada pelo Rei.
3. Nessa seção Mateus apresenta o Poder do Rei: (8.11-11.1):
a) No campo das doenças (8.1-4)
b) Um paralítico (8.5-13).
c) Uma pessoa com febre alta (8.14,15).
d) Sobre os demônios (8.16,17).
e) Na esfera humana (8.18-22; 9.9).
f) Na esfera da natureza (8.23-27).
g) Sobre o pecado (9.1-8).
h) Sobre a tradição (9.10-17).
i) Sobre a morte (9.18-26).
j) Sobre as trevas (9.27-34).
Tais demonstrações de autoridade serviram para comprovar o Direito ao Oficio de Messias (9.35). Ainda podemos ver a Sua autoridade sendo delegada, já que um rei tem essa prerrogativa (9.35-11.1).
Aqui o Rei é movido por compaixão (9.35-38), lançando uma convocação aos discípulos (10.1-4), dando-lhes uma comissão (10.5-11.1). A mensagem foi confiada (10.5-15), sendo dirigida exclusivamente aos judeus (10.4-5) por causa do seu estado de perdição (10.6), foi a mesma mensagem pregada por Seu precursor (10.7) e foi fundamentada pelos mesmos milagres que legitimaram Jesus como o Messias (10.8).
O ministério dos discípulos foi uma extensão do ministério do próprio Jesus á Israel, com a mesma mensagem que Ele havia pregado a Nação. A mensagem seria aceita da mesma forma que a proclamação de João Batista fora aceita. Eles seriam perseguidos e rejeitados por causa de Sua mensagem (10.16-23). Mas seriam objetos do Cuidado Especial do Pai (10.24-33). As divisões surgiriam por causa do Seu ministério (10.34-39), a recompensa como pregadores e para os receptores da Sua mensagem não lhes seriam negada (10.40-42).
Até o momento do nosso foco de Mateus podemos ver que o Autor diligentemente apresentou á Nação a Pessoa provando Seu direito legal , Seu direito moral, Seu direito judicial e o Seu direito profético ao Trono de Davi. Ele exibiu plena autencidade em apoiar as reivindicações de Jesus Cristo como Messias.
Continuaremos nosso foco em Mateus e no próximo artigo caminharemos para a rejeição ao Rei, em parte pela Nação e depois definitiva.
FONTE: Manual de Escatologia
AUTOR: J. D. Pentencost.
EDITORA: Vida.
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