O MILÊNIO - PARTE IX

 O CONCEITO DO REINO NO NOVO TESTAMENTO - PARTE V


INTRODUÇÃO:


No artigo anterior demos início ao nosso estudo sobre o Reino Teocrático em Mateus. E dois pontos fundamentais foram vistos, o primeiro é que Mateus mostra que pelas profecias do Antigo Testamento que Jesus é o Messias esperado pelos judeus. O segundo ponto é que o Reino e o Rei foram rejeitados pelo próprio povo a quem foram oferecidos.

Se anteriormente focamos mais na Pessoa do Rei e as provas de Seu direto de Rei. Agora vamos dedicar um tempo sobre Sua rejeição , sendo essa a segunda divisão do Evangelho de Mateus.

A OPOSIÇÃO AO REI E A SUA REJEIÇÃO:


Essa segunda divisão ocupa Mateus 11.2-16 até 16.12 está dedicada á oposição do povo de Israel ao Rei e Sua rejeição pelos judeus,

Em primeiro lugar, essa rejeição(11.2-27) começou a ser delineada  com a oposição á João Batista (11.2-15), que continuou com os críticos (11.16-19), em seguida com a oposição dos incautos (11.20-24). É visto pelos interpretes que o advérbio de tempo em Mateus 11.20 mostra uma mudança na ênfase do ministério de Jesus como resultado da atitude em relação a Ele. Mesmo assim, o Rei estende um convite aos humildes (11.25-30).

Em segundo lugar, Mateus dedica as controvérsias com as autoridades. Ele inicia com discussão a respeito do sábado (12.1-8), bem como a segunda (12.9-21). Já a terceira acontece por causa da cura de um endemoninhado (12.22-37). Nessa ocasião o Messias é acusado de ministrar com base no poder e na autoridade de satanás. Mas tal acusação foi rechaçada por Cristo quando demonstrou que é impossível o reino de satanás estar dividido (12.25-26), e os exorcistas judeus não receberam a mesma acusação (11.27), mas que eles deveriam entender que isso era autoridade messiânica (12.28). E essa controvérsia foi seguida por uma advertência severa (12.37-37) no caso da gravidade do Espírito Santo sobre a pessoa de Cristo fosse rejeitado (12.38-42).  A quarta controvérsia girou em torno de outro pedido da prova da Sua messiânidade. Temos em Mateus 12.43-5 a conclusão dessa discussão quando Cristo repudiou os relacionamentos naturais. Uma vez que Israel desfrutava para com Ele, e antevê um novo relacionamento que se baseia na fé, que seria estabelecido .
O que precisamos entender que tal controvérsia baseia-se diante de apenas uma pergunta básica diante daquela Nação: ''É este, porventura, o Filho de Davi? (12.23).

Em terceiro lugar, Mateus concentra-se nas consequências dessa rejeição (13.1-52). Aqui são apresentadas as parábolas nesse capítulo, Cristo esboça o desenvolvimento de um plano do Reino mediante a Sua rejeição por Israel, e oferece um vislumbre do período que vai dessa rejeição por Israel até o Messias for recebido por esse povo na Segunda Vinda.

Em quarto lugar, Mateus apresenta que no auge de tal rejeição por parte da Nação (13.53-16.12). Ela ocorreu em Nazaré (13.53-58), por Herodes (14.1-36), pelos escribas e fariseus (15.1-39) a despeito do sinal da mulher siro-fenícia sendo curada (15.21-28), do sinal da cura de muitas pessoas (15.29-31), a segunda multiplicação dos pães (15.32-39). A rejeição definitiva veio pelos lábios dos fariseus e saduceus (16.1-12), e isso provocou a retirada de quaisquer outros sinais para os israelitas, menos o de Jonas, que seria o sinal vindouro da morte e da ressurreição do Messias.

Assim, essa divisão de Mateus 11.2-16.12 registra uma crescente oposição ao Messias. Sendo manifesta primeira na oposição ao Precursor, e em seguida ao próprio Rei. E depois essa oposição assumiu uma forma de conflito aberto entre Cristo e os líderes da Nação.

Por conseguinte, o Messias delineou o Seu plano para o Reino a partir de Sua rejeição até Sua aceitação. Essa oposição se tornou em rejeição aberta por vários partidos da Nação, até que ficou evidente que não teria nenhuma possibilidade de que Israel O recebesse como Messias, quando Sua morte se tornou um fato absolutamente previsível.

A rejeição definitiva ao Rei será o nosso próximo assunto.

FONTE: Manual de Escatologia.
AUTOR: John Dwight Pentecost.
EDITORA: Vida.

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