O MILÊNIO - PARTE XXIV
JERUSALÉM E A PALESTINA NO MILÊNIO
INTRODUÇÃO:
As Alianças que foram feitas com a nação de Israel trazem a garantia da posse da terra, isso será plenamente cumprido no Milênio. Tanto Jerusalém, quanto a Palestina aparecem constantemente nas profecias bíblicas.
I - JERUSALÉM NO MILÊNIO:
O papel da cidade de Jerusalém no Reino Teocrático é esclarecido por uma série de fatos quando estudamos as profecias:
1. Jerusalém será o centro do mundo no Milênio (Isaías 2.2-4; Jeremias 31.6; Miquéias 4.1; Zacarias 2.10,11). Isso se dará pelo fato de o mundo estar debaixo da autoridade do Rei de Israel, o centro da Palestina será o centro de toda a Terra.
2. Jerusalém será o centro do Governo do Reino (Jeremias 3.17; 30.16,17; 31.6,23; Ezequiel 43.5,6; Joel 3.17; Miquéias 4.7; Zacarias 8.2). Assim já que a Cidade que era o centro do governo de Davi será o Centro do Governo do Grande Filho de Davi .
3. A Cidade será gloriosa, glorificando Jeová (Isaías 52.1-12; 60.14-21; 61.3; 62.1-12; 66.10-14; Jeremias 30.18; 33.16; Joel 3.17; Zacarias 2.1-13). Uma vez que o Rei estará associado a Jerusalém, ela compartilhará da Sua Glória.
4. A Cidade será protegida pelo poder do Rei (Isaías 14.32; 25.4; 26.1-4; 33.20-24). Ela jamais irá temer por sua segurança.
5. A antiga área da Cidade será ampliada (Jeremias 31.38-40; Ezequiel 48.30-35; Zacarias 14.10).
6. Ela será acessível a todos Naqueles Dias (Isaías 35.8,9). Os que buscarão ao Rei terão acolhimento dentro de suas muralhas.
7. Jerusalém será o centro de adoração da era Milenar (Jeremias 30.16-21; 31.6,23; Joel 3.17; Zacarias 8.8,20-23).
8. A Cidade durará para sempre (Isaías 9.7; 33.20,21; 60.15; Joel 3.19-21; Zacarias 8.4).
II- A PALESTINA NO MILÊNIO:
Também as profecias bíblicas apresentam um conjunto de fatos essenciais a respeito da terra:
1. A Palestina se tornará herança do povo de Israel (Ezequiel 36.8,12; 47.22,23; Zacarias 8.12). Isso é crucial para o cumprimento de todas as alianças de Israel.
2. A terra será ampliada em comparação com área anterior (Salmos 26.15; 33.17; Obadias 1,17-21; Miquéias 7.14). Por ocasião será a primeira vez que os judeus tomarão posse de toda a terra prometida a Abraão (Gênesis 15.18-21).
3. A topografia da terra será alterada (Isaías 33.110,11; Ezequiel 47.1-12; Joel 3.18; Zacarias 4.7; 14.4,8,10). No lugar de terreno montanhoso que é caracterizado hoje a Palestina, haverá uma grande e fértil planície por ocasião da Segunda Vinda de Cristo (Zacarias 14.4), assim a Palestina realmente será ''bela e sobranceira'' (Salmos 48.2). Essa nova topografia irá permitir que o rio venha fluir da cidade de Jerusalém para os dois mares para regar a terra (Ezequiel 47.1-12).
4. Haverá produtividade e fertilidade renovada na terra (Isaías 29.17; 32.15; 35.1-7; 51.3; 55.13; 62.8,9; Jeremias 31.27,28; Ezequiel 34.27; 36.29-35; Joel 3.18; Amós 9.13). Assim, o que arar o campo alcançará o ceifeiro por causa da produtividade da terra.
5. Haverá chuva abundante (Isaias 30.23-25; 35.6,7; 41.17,18; 49.10; Ezequiel 34.26; Zacarias 10.1; Joel 2.23,24). Em todo o Antigo Testamento a chuva era um sinal da benção e da aprovação divina, e a falta da mesma era um sinal do julgamento de Deus. A abundância de chuva na terra será um sinal da benção de Deus Naquele Dia.
6. A terra será reconstruída depois de ser devastadas durante a Grande Tribulação (Isaias 32.16-18; 49.19; 61.4,5; Ezequiel 36.33-38; 39.9; Amós 9.14,15). As sobras da destruição serão eliminadas para que a terra esteja novamente limpa.
7. A Palestina será distribuída dentre as doze tribos de Israel. Temos em Ezequiel 48.1-29 onde essa distribuição é esboçada. Nessa passagem bíblica a terra esta dividida em três partes. Ao norte, a terra será repartida entre as tribos de Dã, Aser, Naftali, Manassés, Efraim, Rubém e Judá (Ezequiel 48.1-7). Parece que a terra será dividida por uma linha de leste a oeste por toda a dimensão ampliada da Palestina. Assim, a porção meridional será distribuída entre Benjamim, Simeão, Issacar, Zebulom e Gade (Ezequiel 48.23-27). Entre as divisões norte e sul, existe uma área conhecida como ''região sagrada'' (Ezequiel 48.8-20), ou seja, a porção da terra que será separada para o Senhor. Será uma área de 25 mil canas de comprimento e largura (Ezequiel 48.8,20) será dividida em uma área de 25 por 10 mil canas para os levitas (Ezequiel 45.5; 48.13,14), sendo a mesma área para o templo e sacerdotes (Ezequiel 45.4; 48.10-12) e 25 por 5 mil canas para a Cidade (Ezequiel 45.6; 48.15,16).
A Almeida Atualizada (ARA) traduz por ''côvados'', porém uma tradução duvidosa, uma vez que o texto no hebraico não tem a palavra específica para côvados nessa passagem.
Unger comenta:
''Qual o comprimento de uma cana em Ezequiel? Essa medida é apresentada como ''seis côvados'', ''um côvado e um palmo cada'' (40.5). ''Um côvado é um côvado e um palmo (43.13). Então o verdadeiro problema é: Qual o comprimento de um côvado especificado em Ezequiel?
Pesquisas arqueológicas demonstram que três tipos de côvado eram empregados na Babilônia antiga [...] O menor de 28 cm ou três palmos, era utilizado em ourivesaria. O segundo, de quatro palmos ou 36 cm, era aplicado em construções, e o terceiro , de cinco palmos ou 45 cm, era usado para medidas de agrimensura. O côvado mais curto de três palmos (um palmo tem cerca de 9 cm), equivalente a 28 cm, é a unidade fundamental básica [...] Como o profeta é bastante específico em relatar a unidade de medida de sua visão em ''um côvado e um palmo'' (40.5; 43.13), ele, sem dúvida, quer indicar o menor côvado de três palmos como uma medida básica, mais um palmo ou o que é equivalente ao côvado do meio, 36 cm de cumprimento. Com esse calculo uma cana teria 2,5 m.
A região sagrada seria um quadrado espaçoso, de 55 cm de lado, abrangendo cerca de 3025 km. Essa área seria o centro de todos os interesses do governo e da adoração divina estabelecidos na terra milenar.''
Bem, se o côvado maior fosse empregado, isso aumentaria a região sagrada em cerca de 80 km de lado. Isso só seria possível á luz da área mais ampla contida nas fronteiras palestinas no Milênio.
No próximo artigo vamos trabalhar como será a adoração no Reino Teocrático.
FONTE: Manual de Escatologia.
AUTOR: John Dwight Pentecost
EDITORA: Vida.
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