O MILÊNIO - PARTE XXXII
A NATUREZA DO MILÊNIO
INTRODUÇÃO:
Não há mais dificuldade para compreender a relação que haverá entre os santos vivos e ressurretos no Milênio. Embora que esse tema já foi alvo de criticas por parte de alguns que não tem a posição pré-milenarista, mas já vimos que essa questão é resolvida a partir da Ressurreição de Cristo, o mesmo esteve na terra em um corpo ressurreto e se relacionou com os demais vivos.
A clareza da Esperança dos santos do Antigo Testamento nos deixa claro quanto as promessas nacionais onde Israel será recompensado no Milênio, e as promessas individuais, onde o indivíduo será recompensado na época do Milênio, não no Milênio propriamente dito.
Vamos elucidar mais essa questão para entender mais sobre a relação entre os dois grupos de santos, os do Antigo e os do Novo Testamentos em relação ao Milênio. Se torna necessário ter um conceito claro da doutrina das Escrituras quanto á natureza e ao propósito do Milênio.
Esse assunto foi bem resumido por Newell:
''I - O QUE O REINO DE MIL ANOS:
O reino de mil anos é a administração direta do governo divino na terra, durante mil anos, pelo nosso Senhor e Seus santos. Seu centro terreno é Jerusalém e a nação de Israel, apesar de Cristo e Seus santos reinarem em corpos ressurrectos e celestiais na Nova Jerusalém e tomar agora o lugar ocupado pelos anjos (Hb 2.5-8) [...]
II- O OBJETIVO DO REINO DE MIL ANOS:
1. Do ponto de vista de Deus Pai:
a. Será a honra terrena e pública do Seu Filho assim como os homens O desonraram nesta terra [...]
b. Será o cumprimento das promessas de Deus ao Seu Filho e das profecias relativas a Ele, para ''dar a Ele o trono de Davi seu pai'' [...]
c. É o julgamento divino final do homem pecador na terra antes dela ser destruída [...]
Será a resposta de Deus (quanto possível antes da nova terra) á oração dos Seus santos: ''Venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu.''
2. Do ponto de vista de Cristo:
a. Ele recebe, após muita paciência, o reino deste mundo que Ele constantemente ''esperou'', á direita de Deus [...] E Ele reinará em justiça [...]
b. Enfim Ele poderá dar aos humildes da terra o lugar e a herança que sempre lhes prometeu!
c. Ele compartilhará [...] todas as Suas honras com Seus santos!
3. Do ponto de vista dos santos:
a. O milênio leva as três classes de santos [...] e também o Israel terreno a um estado de bênção indescritível! [...]
b. As próprias mudanças físicas ocorridas na terra [...] revelam um pouco do carinho de Deus para o conforto e a alegria de Seus santos terrenos [...]
4. Do ponto de vista das nações, dos povos da terra:
a. Serão mil anos sob o cetro de ferro [...]
b. Mas finalmente haverá paz entre as nações - certamente forçada, mas real [...]
c. Todas as nações serão obrigadas a subir todo ano para adorar o Rei, Jeová dos Exércitos, e celebrar a festa dos tabernáculos [...]
5. Do ponto de vista da ''criação'':
a. [...] ''a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus'' (Rm 8.21-22).
b. Na ''revelação dos filhos de Deus'', na vinda de Cristo de volta á terra, essa salvação será efetuada...''
III- CONSIDERAÇÕES NECESSÁRIAS:
É evidente que no tempo do Milênio será o cumprimento das bênçãos das alianças nacionais de Israel, quando Deus fará uma apresentação absoluta do governo divino por meio do Reino do Messias, na ocasião os homens vivos se sujeitarão e serão testados pela Autoridade do Rei.
O Milênio é criado por Deus como o teste final da Humanidade Caída debaixo de circunstâncias mais ideais, cercada por toda capacidade de obedecer ao Governo do Rei, de quem as fontes externas da tentação também serão retiradas, e então se achará e comprovará que o Homem é um fracasso mesmo nesse último teste da humanidade caída.
Nesse período, quando tal plano foi executado, é claro que os indivíduos ressuscitados, que não precisarão de nenhum teste porque já serão justificados, nem serem submetidos á Autoridade do Rei, uma vez que já serão completamente sujeitos a Ele, não podem ter lugar digno na terra nessa época. Os que colocam indivíduos ressurrectos na terra para sofrer os rigores do Governo do Rei não vêem o Propósito de Deus no Milênio.
O caráter essencial do Milênio e o seu propósito nos levam a concluir de que os indivíduos ressuscitados, apesar de participar do mesmo, não estarão na terra como súditos do Governo do Rei.
Daremos continuidade sobre esse assunto falando sobre os Habitantes da Jerusalém Celestial.
FONTE: Manual de Escatologia.
AUTOR: J. D. Pentcost.
EDITORA: Vida
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